A Prefeitura de Campo Grande lançou nesta sexta-feira (16) o edital de licitação para contratação das obras de requalificação urbana da rua 14 de Julho. Por meio do edital, o Executivo informa que o município recebeu o empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento no montante de 56 milhões para o financiamento do “Programa de Desenvolvimento Integrado do Município de Campo Grande – Viva Campo Grande II”. A expectativa da Prefeitura é iniciar as obras em abril, com prazo de dois anos para conclusão.
Conforme a publicação feita no Diário Oficial desta sexta, os intervenções previstas são: execução das redes de energia elétrica e telecomunicações subterrâneas, execução das redes de drenagem, redes de distribuição de água e esgotamento sanitário, pavimentação nas pistas de rolamento, ampliação, padronização e calçamento dos passeios públicos, acessibilidade, sinalização viária, iluminação pública, mobiliário urbano, paisagismo.
O CD-ROM contendo o edital, projetos executivos e demais documentos, deve ser retirado na Unidade Gestora do Programa (UGP), na tua Manoel Secco Tomé, 143, Jardim dos Estados, de segunda a sexta-feira, O horário de funcionamento é das 8h às 11h e 14h às 17h. Ainda de acordo com a prefeitura, os interessados poderão obter maiores informações no mesmo endereço, ou pelo telefone (67) 3314-9611 ou e-mail [email protected]
As propostas deverão ser entregues, impressas, até às 14:00h (horário local) do dia
28 de março de 2018, acompanhadas de Garantia de Proposta no valor de R$ 2,9 milhões, e serão abertas na mesma data às 14h30, na presença dos interessados que desejarem assistir à cerimônia de abertura. O Concorrente poderá apresentar proposta individualmente ou como participante de um Joint-Venture e/ou Consórcio. Os serviços deverão ser iniciados a partir da emissão da Ordem de Início dos Serviços (OIS) à Consultora Contratada e terá como prazo final 48 meses, que correspondem ao prazo de execução das obras.
A obra será realizada por partes, quadra a quadra, mas contemplando todo o serviço. Na primeira etapa, que contempla a Rua 14 de Julho, será realizado o cabeamento da rede de energia, toda a parte de drenagem, pavimentação, calçada, paisagismo, mobiliário, tudo que está no projeto. São cerca de 12 a 14 quadras, aproximadamente 1,4 km, que vai da Avenida Fernando Correa até a Avenida Mato Grosso.
Para não prejudicar o comércio, tudo será feito em partes, trabalhando com tapumes, permitindo a circulação de pessoas, fazendo com que elas continuem tendo acesso às lojas. A expectativa é que este processo demore cerca de dois meses em cada quadra. “A planilha do projeto atualizada que atrasou. Estávamos aguardando a aprovação da Energisa. Agora, a Energisa aprovou e nós atualizamos o preço. Vamos finalizar na segunda ou terça-feira para ir para a Diretoria de Compras para licitação”, explicou a diretora-executiva de Projetos Estratégicos, Catiana Sabadin.
As obras de Requalificação Urbana da área central de Campo Grande compreendem o trecho da Rua 14 de Julho, entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa e Mato Grosso, e as vias adjacentes, o que deverá incluir a padronização das calçadas, acessibilidade, mobiliário urbano, sinalização viária, paisagismo, melhorias na iluminação pública e recapeamento asfáltico nas pistas de rolamento, com extensão de aproximadamente 15,790 Km. Os serviços deverão ser iniciados a partir da emissão da Ordem de Início dos Serviços (OIS) à Consultora Contratada e terão como prazo final 40 meses, que correspondem ao prazo de execução das obras.
Ao longo do trecho de 1,4 quilômetro, onde haverá intervenções, entre as avenidas Fernando Correa da Costa e Mato Grosso, será refeita a rede de drenagem (ao custo de R$ 4,6 milhões); recapeamento do pavimento (R$ 2,3milhões); redes de água (R$ 895 mil) e esgoto (R$ 1,5 milhão); novas calçadas, com padronização, acessibilidade (R$ 2,4 milhões); sinalização (R$ 1,8 milhão); paisagismo (R$ 1,4 milhão); iluminação pública (R$ 2,4 milhões); mobiliário urbano (R$ 1,7 milhão), incluindo bicicletários, bancos, lixeiras, defensas,vasos e murais.
Metade dos investimentos, R$ 27,7 milhões, segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, vão ser aplicados para substituir as redes “aéreas” de energia elétrica e telefônica, por rede subterrâneas, eliminando a poluição visual da fiação. A drenagem, com o escoamento de águas pluviais através de canaletas junto ao meio fio, vai eliminar os pontos de empoçamento de enxurrada.
Estacionamento proibido
As intervenções mais radicais, conforme o detalhamento do projeto executivo, serão no trecho entre a Avenida Afonso Pena e Rua Cândido Mariano, exatamente porque concentra o maior fluxo de pedestres, atraídos pelos estabelecimentos comerciais localizado na região.
O pavimento à base de CBUQ será substituído por piso intertravados (uma espécie de paralelepídos), o mesmo material a ser usado no calçamento. Serão preservadas as vagas destinadas a idosos e portadores de necessidades especiais, além de ser autorizado o embarque e desembarque de quem for comprar na região. Haverá horários para carga e descarga.
A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) vai sinalizar e definir rotas alternativas. Já está em estudo o novo itinerário dos ônibus que hoje atravessam a 14 de Julho. Também será revitalizado, a partir de 2019, com recapeamento, arborização, readequação da drenagem e calçadas, o quadrilátero formado pelas avenidas Fernando Correa da Costa, Mato Grosso, ruas Pedro Celestino , Rui Barbosa, 13 de Maio, Calógeras, além das transversais, 26 de Agosto, 7 de Setembro, 15 de Novembro, Barão do Rio Branco, Dom Aquino, Cândido Mariano, Maracaju e Antonio Maria Coelho. O investimento na Avenida Calógeras e na Rui Barbosa terá recursos do Projeto de Mobilidade Urbana, por serem vias onde haverá corredores de transporte.