Com a melhora nos índices de chuva, umidade e temperatura, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) resolveu suspender a proibição de queima controlada nas regiões da Bacia do Paraná, Bacia do Rio Paraguai e região do Planalto.
Porém, o diretor presidente do Imasul André Borges explica que as condições ainda não são favoráveis para a atividade de queima controlada na área de uso restrito do Pantanal. Conforme a Portaria, a decisão de liberar a queima nas outras áreas e prorrogar a proibição na Área Restrita do Pantanal tem como base as previsões meteorológicas e prognósticos feitos pelo Instituto Nacional de Meteorologia, bem como as ponderações constantes no Informativo número 003 do CICOE/PEMIF/2021, que faz o monitoramento de incêndios florestais no Estado.
A suspensão não se aplica às práticas de prevenção e combate a incêndios realizadas ou supervisionadas pelas instituições públicas responsáveis pela prevenção e pelo combate aos incêndios florestais, no caso as equipes do Corpo de Bombeiros ou brigadistas que atuam na região.
Balanço
Efeitos da seca que persiste no Pantanal, com nível de agravamento contínuo este ano na medida em que não chove o suficiente para recuperar os rios, baias e lagoas, não causaram até agora os danos ambientais de 2020, quando mais de 30% da vegetação da planície foram queimados pelos incêndios florestais sem controle. Estatística divulgada essa semana pela Semagro (secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul aponta que a área queimada (901.325 hectares) em 2021, de 1º de janeiro a 15 de novembro, foi 46,60% inferior ao mesmo período de 2020 (1.688.175 hectares).
Os focos de calor também sofreram redução, no comparativo, apesar de a vegetação se apresentar ainda mais seca com a prolongada estiagem há pelo menos dois anos. De acordo com os dados do Governo do Estado, em 2020, foram registrados 8.739 desastres naturais no bioma, 34,14% a menor esse ano (5.755 focos).
Em áreas protegidas, a área queimada em 2021 sofreu uma queda significativa em relação ao ano passado, correspondendo a 88,02% na região da Serra do Amolar, uma das áreas mais atingidas pelo fogo; 50,82% em unidades de conservação e 42,01% em terras indígenas. Os dados foram gerados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites, da UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro).