Boletim epidemiológico apresentado pela Secretaria de Estado de Sáude (SES) mostra que em Mato Grosso do Sul mais que dobrou o número de confirmações da gripe do tipo Influenza H3N2, em uma semana. O levantamento anterior, publicado no dia 18 de abril, mostrava seis casos da doença, todos em Campo Grande. O último, divulgado nesta quinta-feira (26), indica 14 confirmações. Oito casos na Capital, dois em Naviraí, um em Nioaque, dois em Aquidauana e outro em Ivinhema. Nos últimos meses, quatro pessoas morreram em decorrência da gripe.
O boletim também mostra uma confirmação a mais de H1N1. Na semana passada eram duas na Capital e uma em Jardim. Nesta semana, mais um caso foi confirmado na Capital.
Vacinação
Como medida de prevenção começou nesta semana a Campanha Nacional de Vacinaçã. A meta é vacinar pelo menos 90% do público-alvo, mais de 663,6 mil pessoas em Mato Grosso do Sul. O “Dia D” será realizado em 12 de maio e a imunização segue até 1º de junho.
Integram o grupo prioritário da campanha pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e os funcionários do sistema prisional.
Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais também devem se vacinar. Este público deve apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.
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Mortes por Influenza H3N2
A primeira morte em decorrência de complicações com a Influenza H3N2, neste ano, foi de uma mulher, de 58 anos. Ela morreu no mês de março, em Campo Grande. O segundo caso foi de um homem, de 44 anos, também na Capital. A morte dele foi no dia 18 de abril, após ele fugir de unidade de saúde. Ambos não eram vacinados e tinham diversas doenças crônicas ou patológicas.
Uma advogada, de 30 anos, morreu na quinta-feira (19), em Naviraí. Ela havia buscado atendimento outras duas vezes, mas relatava ser amigdalite recorrente. Na última vez que foi ao hospital da cidade, a mãe precisou chamar os bombeiros. Segundo familiares, ela não era vacinada.
Na segunda-feira (23), outro homem, de 48 anos, morreu por Influenza H3N2. O caso aconteceu em Aquidauana. A vítima não havia tomado vacina, era alcoólatra e tinha insuficiência respiratória.
Além das quatro mortes, dois casos estão em investigação em Campo Grande e Aquidauana: um bebê, de 2 meses, e um idoso, de 72 anos.