Foto: Deurico / Capital News
Com a diminuição das obras a expectativa dos comerciantes é de aumento nas vendas
Com as obras do projeto Reviva Campo Grande realizadas na extensão da Rua 14 de Julho entre a Fernando Côrrea da Costa e a Avenida Mato Grosso, alguns trechos já tiveram executados os serviços de infraestrutura pesada, como rede de água, drenagem, esgoto, telefonia e tubulação para rede elétrica. Entre eles estão os trechos entre a Avenida Fernando Corrêa e a Rua 26 de Agosto. Empresários alegam sofrer queda nas vendas desde o início da obra, e acreditam que, com a diminuição das obras durante o final de ano, aumentem consideravelmente as vendas.
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Cezar Nogueira é comerciante há 30 anos na região e sofre queda nas vendas com as obras do Reviva Campo Grande
Para o empresário Cezar Nogueira, “Sou empresário no ramo de Ótica, há 30 anos na região, o nosso rendimento caiu em 25% desde o início das obras, e com a dificuldade em estacionar, mesmo com os convênios que temos, muitos clientes passaram a optar pelas facilidades dos shoppings centers. Com isso, precisamos nos adequar a situação para não obtermos prejuízos, e conseguirmos manter o nosso quadro de funcionários e as contas em dia. Com a diminuição das obras durante o final de ano, eu estou otimista com relação as vendas, mas estamos trabalhando com projetos para atrairmos de volta os clientes a loja”, aponta Nogueira.
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Denis Heleno é empresário há quase 2 anos na região e teve maior queda nas vendas
Segundo Denis Heleno, “Sou empresário no ramo de alimentos, desde fevereiro de 2017, na região, durante esse período, a média de venda era de 300 a 400 salgados por dia. Após o início das obras do projeto Reviva Campo Grande, eu tive dias em que vendi 50 a 100 salgados apenas, o que me fez pedir prazo maior para conseguir pagar o aluguel, e alguns fornecedores, posso dizer que o meu orçamento caiu para 10%, o que me deixa em uma situação vulnerável, mas pelos boatos a obra só retorna em março e eu espero que isso seja verdade, para que eu consiga desafogar as minhas contas e tomar um ‘fôlego’ para o resto do ano de 2019. O que dificultou mais para mim durante esse período, foi que fecharam tanto a Rua 14 de Julho, quanto as duas vias, sendo a Rua 7 de Setembro quanto a Rua 15 de Novembro, e como eu estou no meio da quadra, muitas pessoas não queriam andar uma quadra e meia para vir consumir no meu estabelecimento. Tiveram empresários aqui da quadra que tiveram que se mudar, porque o aluguel é muito alto e não estavam conseguindo arcar com as despesas”, destaca Heleno.
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"As obras não param, apenas diminuem a intensidade, a manutenção continuará sendo realizada para não atrapalhar o prazo do projeto", diz Catiana Sabadin
De acordo com Catiana Sabadin, Coordenadora responsável pela Coordenadoria Especial da Central de Projetos, da Prefeitura Municipal de Campo Grande, “As obras não param, apenas os serviços pesados foram diminuídos, para liberar o trânsito e os serviços menos impactantes continuam sendo realizados pela equipe de obras. O primeiro trecho da Rua 14 de Julho, não influência tanto no comércio porque não necessitam tanto de passagem de pedestres, por serem escritórios e consultórios localizados neste trecho. A obra está superando as expectativas, a previsão de finalização é dezembro de 2019”, conclui Catiana Sabadin.
Com o novo layout previsto no Programa Reviva Campo Grande, a via fica com duas pistas de rolagem, duas pistas de estacionamento e calçada mais larga. A finalização dos trabalhos ocorre no ano que vem, com paisagismo, instalação de mobiliário urbano, câmeras de monitoramento e bicicletário. A requalificação prevê a modernização e implantação das seguintes infraestruturas: gás natural; rede de hidrantes; WiFi e CFTV; iluminação pública, sinalização viária e modernização semafórica.