A discussão em torno da construção da linha férrea que liga Dourados ao Porto de Paranaguá, no Paraná, vem gerando boas expectativas para os produtores rurais de Mato Grosso do Sul. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Dourados, Gino Ferreira, a concorrência entre a ferrovia e a rodoviária é um fator que vai contribuir para a queda dos custos de exportação.
Segundo Gino, a linha é uma nova alternativa pra os produtores. "Hoje em dia a categoria dispões apenas de uma opção, que é a rodoviária. Os custos são altos. Para se ter uma idéia, durante a safra o produtor paga em média R$ 85 a tonelada do produto a ser exportado. Este valor sobe ainda mais na entresafra quando a tonelada passa a custar R$ 120 pelo transporte. Sufocados, os produtores são obrigados a desembolsarem a quantia, já que nem sempre dispõe de espaço suficiente para armazenagem", explica, acrescentando que a maior dificuldade dos produtores ainda é a diferença cambial do dólar.
O presidente acrescenta que além da queda dos preços, a nova linha pode contribuir com a geração de empregos e renda. Gino adianta que os produtores podem contar ainda com um terceira opção de exportação. Segundo ele, o Sindicato Rural e a Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced), ambos membros da Aliança pelo Desenvolvimento Regional (ADERE), está viabilizando, o transporte dos produtos via fluvial. A novidade, que está em fase de negociações com autoridades paraguaias vai ligar cidades de Mato grosso do Sul, a Pedro Ruan e Concepción no Paraguai. O trecho, segundo Gino, compreende 120 quilômetros via fluvial.