O presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Marcolino Longen, disse, nesta sexta-feira, ao recepcionar a secretária estadual de Produção, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, no Aeroporto Internacional de Campo Grande, que aposta no planejamento das indústrias frigoríficas do Estado após a obtenção do certificado de área livre de febre aftosa com vacinação concedido pela OIE (Organização Internacional de Saúde Animal).
“Agora, as indústrias do setor frigorífico poderão planejar os trabalhos, já que precisam de prazos para desenvolver a atividade”, disse Sérgio Longen, que fez questão de receber a secretária Tereza Cristina que chegou hoje de Paris, onde acompanhou o anúncio do reconhecimento. O presidente da Fiems também destacou o quanto a certificação foi esperada por todos os sul-mato-grossenses.
“Esperávamos esta notícia há muito tempo e ela vai ao encontro de todos os projetos desenvolvidos. É uma grande vitória do governo do Estado. Nós merecemos esta novidade e agora é só manter a união dos trabalhos para que tudo corra bem”, disse Sérgio Longen.
Essa também é a avaliação da secretária de Produção, que espera para novembro a visita de técnicos da OIE a Mato Grosso do Sul. “Agora precisamos manter a união e dar continuidade as ações. Em novembro a OIE deve vir aqui para comprovar o que fomos dizer. Por isso é fundamental que o trabalho continue”, ponderou.
Tereza Cristina também reforçou a importância de manter bom relacionamento com os países que fazem fronteira como Estado. “Vamos manter o bom relacionamento com o Paraguai e buscar a mesma relação com a Bolívia. É preciso trabalhar como região e não mais como área ou Estado”, concluiu.
Otimismo
“Estamos prontos para retomar o crescimento e atingir o marco na exportação de carne”, disse Laucídio Coelho Neto, presidente da Acrissul – Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul – ao avaliar a certificação da OIE. Segundo ele, o Estado enfrentou um período doloroso, mas recebeu agora o reconhecimento de todo o trabalho feito pelo governo do Estado. “O governo priorizou a sanidade, cumpriu o que prometeu”, disse.
A indústria também comemora. Para Ivo Scarcelli, presidente do Sincadems - Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul -, o reconhecimento dá às indústrias um selo de tranqüilidade.
“Mesmo não podendo exportar para o Mercado Comum Europeu, o que deve acontecer até o fim do ano, a certificação nos abre portas para outros mercados, como o Chile e a Indonésia. Nós estamos muito satisfeitos e parabenizamos o governo, os produtores e todas as entidades que se empenharam nesta busca”, disse.