Edemir Rodrigues/ Portal MS
Solo rochoso e corredores de águas pluviais, desafios da obra aguardada há 30 anos
Ao assinar a ordem de serviço da pavimentação de 18,4 km da MS-450, a Estrada Parque que liga os distritos de Palmeiras, em Dois Irmãos do Buriti, e Piraputanga e Camisão, em Aquidauana, o governador Reinaldo Azambuja afirmou, “Vamos construir aqui uma das estradas ecológicas mais belas do Estado e do País”.
O Governo do Estado investe R$ 21,1 milhões na benfeitoria, pavimento, drenagem e uma ponte de concreto , com previsão de entrega para dezembro deste ano. Com o asfalto rompendo trechos rochosos e desfiladeiros que desafiaram os engenheiros da obra. A pista de terra, sinuosa e estreita entre morros, deu lugar a uma estrada larga e com segurança, garantindo acesso o ano todo.
Com 55 km de extensão, do trevo com a BR-262 ao centro de Aquidauana, a MS-450 é o principal acesso aos distritos, privilegiados pelos recursos naturais situados no entorno dos paredões de arenito da Serra de Maracaju, cortados pelo Rio Aquidauana, que dividem planalto e planície. O local é muito visitado por pescadores e amantes de esportes radicais, como trilhas e escaladas, e conta com estrutura de hotéis, pousadas e pesqueiros.
A MS-450 é classificada como Estrada Ecológica e integra a Área de Proteção Ambiental (APA) de 10 mil hectares, criada em 2000. O complexo é um diversificado ambiente que exigiu intervenção monitorada pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos). A Agência realizou estudos das áreas com incidência de sítios arqueológicos, onde vários fragmentos do período pré-indígena, com milhares de anos, foram encontrados.
Como resultado das pesquisas, um trecho de 760 metros da rodovia, na confluência do Morro Paxixi, em Piraputanga, não receberá massa asfáltica para preservar uma área delimitada por arqueólogos contratados pela Agesul. O local deverá receber estrutura para visitação a um museu a céu aberto.
Solo rochoso e corredores de águas pluviais, desafios da obra aguardada há 30 anos
Segundo o engenheiro responsável pela obra, Dalton Galupto, da Construtora Marins, a pavimentação está com mais de 90% concluída, com os atuais 52 operários contratados trabalhando na preparação do terreno para receber a base asfáltica, no Córrego das Antas, e serviço de recomposição da vegetação e construção de meio-fio nas margens da rodovia. “É uma obra difícil, pelas características do solo, mas de muito valor para a região”, disse ele.
Edemir Rodrigues/ Portal MS
Ponte de concreto sobre o Córrego das Antas: R$ 1,7 milhão de investimentos