Campo Grande 00:00:00 Segunda-feira, 23 de Dezembro de 2024


Cotidiano Sexta-feira, 06 de Março de 2015, 11:13 - A | A

Sexta-feira, 06 de Março de 2015, 11h:13 - A | A

Indústria inicia 2015 com o fechamento de mais 300 vagas no Estado

Taciane Peres - Capital News

O setor industrial de Mato Grosso do Sul, composto pelas indústrias de transformação, de extrativismo mineral, de construção civil e de serviços de utilidade pública, inicia 2015 do mesmo modo que terminou 2014, ou seja, com redução líquida de postos de trabalho, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Em janeiro, o conjunto das atividades industriais apresentou saldo negativo de 382 vagas, sendo que em todo o período de 2005 a 2015 essa foi a primeira vez que o mês teve saldo negativo no setor.

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, o quadro de demissões líquidas segue concentrado, basicamente, na indústria da construção civil, que foi responsável pelo fechamento de 805 vagas em janeiro. “Condição semelhante também ocorreu para o conjunto da economia estadual, com a redução líquida de 1.270 vagas em janeiro de 2015. De modo semelhante à indústria, em todo o período de 2005 a 2015 esse foi o primeiro mês de janeiro com saldo negativo para o conjunto das atividades econômicas do Estado”, reforçou.

Ezequiel Resende destaque o conjunto das atividades industriais em Mato Grosso do Sul encerrou janeiro de 2015 com um contingente de 133.233 trabalhadores formalmente empregados, queda de 0,3% em relação a dezembro de 2014. “Apesar do desempenho negativo, a indústria ainda segue respondendo pelo 2º maior contingente de trabalhadores formais empregados no Estado, com participação de 20,9% sobre o total. O setor fica atrás somente de serviços, que emprega formalmente 182.130 trabalhadores e tem participação equivalente a 28,6%”, detalhou.

Detalhamento

Em Mato Grosso do Sul, conforme o Radar Industrial da Fiems, em janeiro 104 atividades industriais apresentaram saldo positivo de contratação, proporcionando a abertura de 1.338 vagas. Entre as atividades industriais com saldo positivo de pelo menos 40 vagas destacam-se distribuição de energia elétrica (+127), manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica (+96), fabricação de artefatos têxteis para uso doméstico (+74), confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas (+67), fabricação de obras de caldeiraria pesada (+56), manutenção e reparação de tanques, reservatórios metálicos e caldeiras, exceto para veículos (+51), fabricação de máquinas e equipamentos para as indústrias de celulose, papel e papelão e artefatos (+46), montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas (+46), serviços especializados para construção não especificados anteriormente (+42) e coleta de resíduos não-perigosos (+41).

Por outro lado, segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, no mesmo período, 77 atividades industriais apresentaram saldo negativo em Mato Grosso do Sul, proporcionando o fechamento de 1.720 vagas. Entre as atividades industriais com saldo negativo de pelo menos 40 vagas destacam-se obras de engenharia civil não especificadas anteriormente (-657), construção de rodovias e ferrovias (-214), fabricação de açúcar em bruto (-137), fabricação de álcool (-128), captação, tratamento e distribuição de água (-61), abate de suínos, aves e outros pequenos animais (-60) e obras de urbanização - ruas, praças e calçadas (-47).

Em relação aos municípios, Ezequiel Resende explica que em 42 deles as atividades industriais registraram saldo positivo de contratação em janeiro de 2015, proporcionando a abertura de 699 vagas, com destaca para Angélica (+85), Nova Andradina (+80), Aparecida do Taboado (+76), Itaquiraí (+60), Corumbá (+57) e Naviraí (+55). Já em 27 municípios as atividades industriais registraram saldo negativo, provocando o fechamento de 1.081 vagas, com destaque para Três Lagoas (-483), Dourados (-110), Paranaíba (-68), Maracaju (-60), Bataguassu (-51) e Terenos (-42).

Fonte: Fiems

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS