Proprietários de supermercados de Campo Grande já estão retirando das prateleiras produtos do lote P12 do Açúcar Cristal Estrela, produzido no interior de Mato Grosso do Sul e que teve a comercialização vedada pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), por apresentar fragmentos metálicos em sua composição.
A Anvisa proibiu a distribuição e a comercialização do produto em todo o país, conforme resolução publicada no Diário Oficial da União na quinta-feira (19). É importante ainda, que a população verifique o lote de açúcar que têm em casa, para que este não seja ingerido.
O lote P12 foi fabricado em 13/05/2011, com data de validade em 13/05/2013. A produção é da empresa LDC Bioenergia S.A – Filial Usina Passa Tempo, localizada na zona rural de Rio Brilhante.
A proprietária de uma rede de supermercados da Capital, Rosely Queiros explica que ficaram sabendo da proibição ontem, através de notícias e um e-mail repassado pela Amas (Associação dos Supermercados do Estado). Ela ainda comenta que todos os lotes foram analisados, mas o P12 não havia no estoque.
“Vendemos o produto e nunca recebemos reclamações. Acho que se tivessem ingerido e feito mal, já teriam vindo aqui reclamar”, destaca Rosely.
Reincidente
Em setembro de 2011, a Anvisa interditou, por 90 dias, o referido lote. Nesse período, a empresa pôde apresentar a contraprova dos testes. Como a contaminação foi confirmada, a vigilância sanitária decidiu pela suspensão de todo o lote e comunicou à Anvisa para que a suspensão tenha validade em todo o país.
O processo administrativo contra a empresa já foi instaurado pela vigilância sanitária de Santa Catarina, por isso, devem ser verificadas quais as penalidades cabíveis de acordo com a legislação do estado.
A Anvisa explica que a presença de fragmentos metálicos é uma irregularidade de interesse sob o aspecto de saúde pública, pois dependendo da dimensão e formato desses fragmentos, pode haver lesão no trato gastrointestinal do consumidor. É importante esclarecer que o ferro metálico apresenta baixa capacidade de absorção e o risco de lesão do consumidor é o aspecto mais relevante.
Além disso, a presença de fragmentos metálicos também representa falha no processo produtivo e descumprimento das Boas Práticas de Fabricação. (Com informações da ANVISA)