Campo Grande 00:00:00 Sábado, 19 de Abril de 2025


Cotidiano Segunda-feira, 15 de Maio de 2023, 18:55 - A | A

Segunda-feira, 15 de Maio de 2023, 18h:55 - A | A

Mobilidade Urbana

Mais de R$ 290 bilhões o Brasil precisa investir para modernizar mobilidade urbana

Conforme uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria

Layane Costa
Capital News

Rovena Rosa/Agência Brasil

Governo dispõe de R$ 7 bilhões em recursos para mobilidade urbana

mobilidade urbana

Um estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelou que o Brasil precisa investir em torno de R$ 295 bilhões em mobilidade urbana, até o ano de 2042 para se equiparar aos padrões de transporte público da cidade do México e Santiago. O valor estimado corresponde a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022. Na América Latina, as duas capitais são referências em qualidade de transporte coletivo. 

 

Segundo a pesquisa, para alcançar a meta, o país precisa ao menos dobrar, nas próximas duas décadas, o valor investido nos últimos cinco anos. Além disso, o estudo ainda aponta para um cenário crítico na modalidade urbana no Brasil. 

 

O levantamento mostra que é necessário priorizar os modais de transportes não motorizados, em contraponto ao que o Brasil tem feito: privilegiar os transportes individuais e motorizados. 

 

Cerca de R$ 295 bilhões estimados para a modernização do setor de mobilidade, R$ 271 bilhões serão destinados à expansão da linha de metrô. Ainda, estão os investimentos para ampliar as estruturas de rede de trens e BRTs. O especialista em Infraestrutura da CNI, Ramon Cunha, explica que o problema afeta, inclusive, a competitividade do país. 

“Desde meados do século passado, o país apresenta um processo de urbanização acelerado e desordenado. O tempo excessivo no deslocamento no espaço urbano tem engenheiros diretos sobre o bem-estar da população, o meio ambiente e, como consequência, sobre a competitividade do país”, afirma.

 

Recomendações para a extensão 

- Assegurar instrumentos mais efetivos para a modernização dos sistemas de mobilidade, com o aperfeiçoamento institucional e de governança no âmbito dos municípios, e uma lei municipal como ferramenta de efetivação dos planos de mobilidade; 

 

- Dotar as regiões metropolitanas de estruturas de governança mais efetivas, transferindo as atribuições da gestão da mobilidade urbana para uma instituição de natureza metropolitana voltada exclusivamente à mobilidade; 

 

- Viabilizar fontes para o financiamento de investimentos de infraestrutura de mobilidade urbana, estimados para as 15 maiores regiões metropolitanas em R$ 295 bilhões até 2042. Nesse sentido, é importante ampliar o número de Parcerias Público-Privadas em um modelo de PPP que agrupa a construção do sistema, operação e manutenção, em contratos de concessão de duração relativamente longa (em torno de 30 anos); 

 

- Ampliar as fontes de financiamento para investimentos em mobilidade, inclusive pela criação de “fundos de equilíbrio econômico-financeiro das operadoras de transporte coletivo”, administrados no âmbito das regiões metropolitanas e alimentando com recursos arrecadados de receitas não tarifárias diversas.  

 

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS