Mato Grosso do Sul está em 2º lugar no ranking dos estados da região Centro-Oeste com as piores malhas rodoviárias do Brasil. Os dados são da pesquisa feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada hoje. O estado de Mato Grosso está em primeiro no ranking da região centro-oeste e ocupa a 6ª posição no ranking nacional, enquanto Mato Grosso do Sul ocupa o 17º lugar no ranking nacional, com 72,9% de suas rodovias danificadas.
A pesquisa traz dados sobre o estado de conservação das estradas do país, onde mostra que 69% da malha rodoviária está em péssimo, ruim ou regular estado de manutenção.
O estudo avaliou 89.552 quilômetros, sendo que apenas 27.713 quilômetros foram considerados em estado bom ou ótimo. Com os números, a CNT conclui que “esses resultados denotam a situação deficiente de uma larga extensão da malha rodoviária e, ao mesmo tempo, representam os grandes desafios que devem ser enfrentados com o objetivo de capacitar a principal infraestrutura de transporte utilizada no país”.
A região Norte, que possui 9.092 quilômetros, apresenta 93,4% da malha rodoviária entre péssimo, ruim e regular estado. As rodovias mais conservadas ficam no Sudeste, que tiveram 25.819 quilômetros avaliados, sendo 45,7% em estado bom ou ótimo.
O estado de São Paulo tem o melhor resultado, com 75,4% de bom e ótimo, seguido do Rio de Janeiro (63,4%) e Paraná (49,2%).
Pesquisa
A pesquisa realizada pela CNT avalia e estipula notas às estradas sob três aspectos: pavimento, sinalização e geometria da via. O ranking dos estados é formado a partir da média dessas notas.
No item pavimento, os pesquisadores observam a condição da superfície, o estado do acostamento e a velocidade desenvolvida a partir da qualidade da pista. Na sinalização são observados o estado das faixas centrais e laterais, além da existência e visibilidade das placas no decorrer da rodovia. Já a geometria da pista avalia o perfil da rodovia em trechos com curvas perigosas, e a existência de faixas adicionais e acostamentos.
Em toda a malha rodoviária analisada, foram encontrados 78 buracos, 93 pontos de erosão, 18 quedas de barreiras e quatro pontes derrubadas.
Público e privado
O estudo também compara as condições das estradas administradas e mantidas pela União à malha rodoviária gerida pela iniciativa privada a partir de concessões federais e estaduais. Em todos os quesitos analisados, as estradas pedagiadas levam vantagem sobre as rodovias mantidas pelo poder público.
A pesquisa revela que 77,6% da malha rodoviária pública é classificada entre péssimo, ruim e regular. A malha pedagiada tem 23,6% dos trechos nessa classificação. Segundo a pesquisa, 14.215 quilômetros estão sob os cuidados das concessionárias. A malha pública chega a 75.337 quilômetros.
Por: Jefferson Gonçalves e Nadia Nadalon-estagiária (www.capitalnews.com.br)