Mato Grosso do Sul se consolida como referência nacional na logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, ocupando a 7ª posição no ranking brasileiro de devoluções, conforme levantamento do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV). Em 2024, o estado encaminhou 4.894 toneladas para destinação ambientalmente correta, representando 7% do total nacional.
O avanço reflete o crescimento da conscientização e do compromisso do setor agropecuário com práticas sustentáveis. Em comparação a 2023, quando foram devolvidas 3.836 toneladas, Mato Grosso do Sul registrou um aumento de 28% na destinação correta das embalagens, superando a média nacional de 27%.
Esse resultado é fruto do esforço conjunto de produtores rurais, cooperativas, distribuidores, indústrias e órgãos públicos, que vêm fortalecendo a gestão responsável dos resíduos do setor agrícola. Para apoiar os trabalhadores rurais nesse processo, o Senar/MS tem ofertado cursos gratuitos de Educação Ambiental e de Saúde e Segurança do Trabalho na Aplicação de Defensivos Agrícolas, capacitando agricultores sobre o manejo adequado das embalagens e o cumprimento da Norma Regulamentadora NR-31.7.
Nos últimos três anos, 223 turmas foram formadas, beneficiando mais de 2.354 produtores e trabalhadores rurais. Segundo o coordenador educacional do Senar/MS, Carlos Geraldo, os cursos são essenciais para garantir segurança no campo: “Os trabalhadores que lidam diretamente com produtos fitossanitários devem receber capacitação específica de no mínimo 16 horas, enquanto aqueles com exposição indireta precisam ser orientados por meio de materiais informativos e diálogos de segurança.”
Além das capacitações, o Senar/MS já orientou mais de mil agricultores sobre transporte, destinação e adequação dos depósitos de defensivos agrícolas, por meio do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG).
O Brasil é referência mundial no descarte correto de embalagens de defensivos, com mais de 94% das embalagens primárias sendo recicladas, garantindo liderança global na prática da economia circular. Desde 2002, o país já destinou adequadamente 800 mil toneladas desses resíduos, reduzindo impactos ambientais e reforçando o compromisso do agronegócio com a sustentabilidade.