A Operação Piracema 2024, deflagrada nesta terça-feira (5), intensifica a fiscalização de pesca predatória em Mato Grosso do Sul com o uso de drones e barreiras físicas. A operação abrange 249 pontos críticos em todo o estado e conta com 500 oficiais, além de cinco barreiras para identificar e punir pescadores ilegais. O objetivo é proteger a reprodução dos peixes, que ocorre no período de piracema, e garantir que as ovas sejam depositadas em águas tranquilas. A proibição da pesca segue até 28 de fevereiro de 2025.
Segundo o Coronel José Carlos Rodrigues, da Polícia Militar Ambiental (PMA), a tecnologia de monitoramento aéreo permite otimizar recursos e ampliar a fiscalização, especialmente em um estado com 184 mil quilômetros de rios a serem patrulhados. As barreiras de fiscalização envolvem a Polícia Militar, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), a Polícia Rodoviária Federal e Estadual. A violação das normas pode resultar em penas de prisão, multas que podem chegar a R$ 100 mil, e apreensão de equipamentos e veículos.
O secretário Jaime Verruck, da Semadesc, destacou a importância do uso de tecnologia para garantir a proteção das espécies. Ele também lembrou que pescadores e comerciantes devem declarar seus estoques de pescado dentro de 48 horas após o início da piracema. A pesca é permitida em alguns locais, com restrições, como na Bacia do Rio Paraguai, onde é permitido o limite de 3 kg de pescado para consumo doméstico. No Rio Paraná, a pesca é restrita a áreas específicas e apenas para espécies exóticas.