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Cotidiano Quarta-feira, 15 de Agosto de 2018, 18:32 - A | A

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JUSTIÇA

Moro remarca data de audiência de Lula por conta das eleições

Interrogatórios agora devem ocorrer entre os dias 5 e 14 de novembro

Da Redação
Capital News

Reprodução

Moro remarca data de audiência de Lula por conta das eleições

Ex-presidente Lula em depoimento, na sede da Justiça Federal em Curitiba, em maio de 2017

O juiz federal Sérgio Moro decidiu nesta quarta-feira (15), mudar a data do interrogatório do ex-presidente Lula e de outros 12 réus na ação do sítio de Atibaia. O magistrado da Operação Lava Jato afirmou que a alteração das audiências tem por objetivo ‘evitar a exploração eleitoral dos interrogatórios’.

 

As audiências estavam marcadas para datas entre 27 de agosto e 11 de setembro. Os interrogatórios agora devem ocorrer entre 5 e 14 de novembro.

 

Em seu despacho, Moro não cita o ex-presidente nominalmente, mas a ele se refere. “Um dos acusados foi condenado por corrupção e lavagem na ação penal 5046512-94.2016.4.04.7000 e encontra-se preso por ordem do Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região, tendo a medida sido mantida pelos Tribunais Superiores”, afirmou Moro, em alusão ao processo do triplex do Guarujá, que levou à condenação do petista a uma pena de 12 anos e um mês de reclusão.

 

“Apesar disso, o acusado apresenta-se como candidato à Presidência da República. Caberá ao Egrégio Tribunal Superior Eleitoral decidir a respeito.”

 

O magistrado prosseguiu. “A fim de evitar a exploração eleitoral dos interrogatórios, seja qual for a perspectiva, reputo oportuno redesignar as audiências.’

 

O PT vai protocolar nesta quarta-feira (15), no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o registro da sexta candidatura de Lula à Presidência com uma grande manifestação popular em Brasília, ao mesmo tempo em que já prepara a substituição do ex-presidente. 

 

 

A estratégia de manter a candidatura de Lula – sentenciado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro na ação do triplex do Guarujá – já foi criticada por ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal, aos quais caberia o julgamento de eventuais recursos.

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