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Cotidiano Terça-feira, 29 de Julho de 2008, 09:54 - A | A

Terça-feira, 29 de Julho de 2008, 09h:54 - A | A

Na Capital 51% já são a favor da mudança de horário para MS

Da Redação

A maioria da população de Campo Grande é favorável ao alinhamento do horário de Mato Grosso do Sul ao horário oficial do Brasil, conforme aponta pesquisa encomendada pela Fiems ( Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), à Tendência Pesquisa de Mercado.

Na pesquisa, realizada entre os dias 5 e 9 de julho deste ano, 50,1% dos entrevistados disseram-se favoráveis à mudança do fuso horário diante da apresentação de cartão informando os principais pontos defendidos e os criticados, enquanto 42% se posicionaram contrários.

“É o indicativo bastante revelador de que as pessoas quando informadas sobre os benefícios do alinhamento do horário em contraponto às teses defendidas por aqueles que são contrários, posicionam-se favoravelmente,” argumenta o presidente da Fiems, Sérgio Marcolino Longen, completando que a pesquisa foi o primeiro instrumento de caráter científico apresentado pela Federação para conferir sustentação ao debate que se desenvolve em torno do assunto.

O levantamento encomendado pela Fiems também apontou que 92,3% dos entrevistados já tomaram conhecimento sobre o alinhamento do horário do Estado com o oficial do Brasil, enquanto apenas 7,7% nunca ouviram falar nada a respeito. A pesquisa quantitativa pesquisou um universo de 622 moradores da zona urbana de Campo Grande com 16 anos ou mais de idade, pertencentes às classes A, B, C, D e E.

A amostra é representativa da cidade, obedecendo ao critério de proporcionalidade em relação a sexo, idade e local de moradia dos entrevistados, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A margem de erro do levantamento é de 3,9 pontos percentuais para mais ou para menos em um intervalo de confiança de 95%.

Ibrape

Os números a favor da adoção do horário oficial do Brasil por Mato Grosso do Sul são ainda melhores na pesquisa Ibrape/Correio do Estado, realizada entre os dias 7 e 13 deste mês e publicada na edição desta segunda-feira (28/07) do jornal. Na pesquisa, 55% dos moradores do Estado são favoráveis à mudança de fuso horário ante 40% que se disseram contrários, enquanto outros 5% se mostraram indiferentes.

O maior índice apoio, conforme a reportagem, foi registrado na região do Bolsão, onde 77% dos entrevistados são a favor de o Estado adiantar o relógio em uma hora, enquanto a maior rejeição está na região do Pantanal, onde 69% não querem a mudança. Também há um grande apoio da população nas regiões do Vale do Ivinhema (60%), Central (56%), que engloba Campo Grande, e Sul (54%), incluindo Dourados.

Já contrários ao alinhamento, além do Pantanal, aparece a Região Sudoeste (48%), que abrange os municípios de Aquidauana e Jardim. O levantamento Ibrape/Correio do Estado mostra que a mudança de fuso horário não tem apoio dos sul-mato-grossenses nativos, já que 54% deles se dizem contrários, enquanto a maioria dos moradores naturais de outras regiões do País é a favor, com 57% favoráveis.

Hábito


Hábito com horário é o argumento da maioria desfavorável ao alinhamento

A pesquisa encomendada pela Fiems – Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul – à Tendência Pesquisa de Mercado apontou que o hábito é o principal argumento apresentado espontaneamente pelas pessoas contrárias ao alinhamento do horário de Mato Grosso do Sul ao oficial do Brasil. A maioria das pessoas entrevistadas disse que é contra porque já está acostumada com o horário atual, enquanto outra grande parte das pessoas ouvidas na pesquisa considera ruim o alinhamento porque terão de acordar mais cedo.

As pessoas contrárias à alteração do fuso horário do Estado também apresentaram os seguintes argumentos: estará mais escuro para levar as crianças à escola ou para sair para trabalhar; vai afetar a saúde da população; é uma questão geográfica; não gostam do horário de verão; o atual horário faz parte da cultura do Estado; entre outros. Os argumentos apresentados mostram que parte dos entrevistados se confunde quanto à mudança que irá ocorrer.

Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Marcolino Longen, fica evidente que entre aqueles contrários ao alinhamento ao horário oficial do Brasil, a maior parte não apresenta razões de cunho técnico, médico, social ou geográfico. “Simplesmente são contrários porque estão acostumados ao horário atual ou acham que vão acordar mais cedo”, pondera.

Já os entrevistados que se disseram favoráveis ao alinhamento do horário do Estado ao oficial do Brasil apresentaram como argumentos o fato de que a mudança favorecerá as relações comerciais com outros Estados. A alteração no horário de transmissão das emissoras de tevê e a sensação de dias mais longos, com a possibilidade de sair do trabalho antes do escurecer, também agrada parte dos pesquisados. (Com Assessoria)

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