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Cotidiano Sexta-feira, 26 de Maio de 2023, 11:36 - A | A

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Planos de saúde

Operadoras que oferecem planos de saúde tiveram prejuízo de R$ 11 bilhões em 2022

Maior prejuízo da saúde suplementar em 20 anos

Layane Costa
Capital News

Arquivo/Agência Brasil

Entidades discutem suspensão temporária de reajuste de planos de saúde

Agência Nacional de Saúde Suplementar

O plano de saúde sempre foi uma prioridade para os brasileiros, mas as operadoras de saúde tiveram um prejuízo de cerca de R$ 11 bilhões no ano passado, conforme relatório divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O maior prejuízo da saúde suplementar em 20 anos foi o de 2022.

 

As receitas dos planos de saúde cresceram em 5,6% entre 2021 e 2022, enquanto as despesas aumentaram 11,1%. Uma conta que não fecha e sinaliza para um cenário de altos índices de reajustes”, indica o presidente da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB) e advogado especialista em Direito e Saúde, Alessandro Acayaba de Toledo.

 

Conforme a pesquisa, 47,5% dos experientes tiveram que ajustar o orçamento em 2021 para não perder o plano de saúde. O estudo indicou ainda que 83% das pessoas têm medo de perder o benefício. 

 

“Ainda que não queiram perder o benefício, por entender que o plano representa uma segurança - 3o. lugar em prioridade para o brasileiro, só perdendo para casa própria e educação - os ajustes nas contas das famílias precisarão de atenção este ano para fazer caber a mensalidade do benefício”, afirma o advogado.

 

A sinistralidade, indicador determinante para definir os índices anuais de reajuste, chegou a 89,21% no quarto trimestre de 2022. Isso quer dizer que a cada R$ 100,00 da receita dos planos, R$ 89,21 são destinados para o pagamento de despesas assistenciais. “Não foram considerados no resultado, que devem ameaçar ainda mais a instabilidade do setor, por exemplo, o rol exemplificativo, que sozinho vai acarretar num aumento ainda maior do preço para novos planos de saúde e no desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos vigentes”, esclarece o presidente da ANAB.

 

“O debate deve acolher sugestões de toda cadeia do sistema, como fornecedores e distribuidores de materiais médicos e de serviços de saúde, compostos por médicos, clínicas, hospitais, laboratórios e estabelecimentos de medicina diagnóstica, receber os insumos e serviços, criando uma infraestrutura para atenção à saúde”, finaliza Alessandro.

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