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Cotidiano Quinta-feira, 18 de Março de 2010, 07:00 - A | A

Quinta-feira, 18 de Março de 2010, 07h:00 - A | A

Prefeitura cria Comitê para julgar irregulares do passe livre

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Campo Grande agora possui um comitê que vai coibir as irregularidades do uso do passe livre, ou seja, vai fiscalizar o uso do cartão de isenção tarifária no transporte coletivo urbano da Capital. Com esta finalidade, o prefeito Nelson Trad Filho criou o Comitê de Julgamento de Recursos de Irregularidades no Uso do Benefício de Isenção Tarifária (CJRB). O decreto nº 11.141 que institui o Comitê será publicado amanhã (18/03), no Diário Oficial do município (Diogrande).

A princípio, o Comitê funcionará na Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (Assetur) e ficará subordinado à Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran). Compete ao Comitê julgar os recursos interpostos contra apreensão e suspensão do cartão, aplicar as punições aos usuários infratores, dirimir dúvidas quanto aos benefícios e estabelecer procedimentos para aplicação das sanções.

O Comitê será composto por representantes da Agetran, Assetur, secretarias municipal e estadual de Educação, Sindicato das Escolas Particulares do Estado (Sinepe), Conselhos Tutelares Norte e Sul e entidades representativas do idoso e das pessoas com mobilidade reduzida. As reuniões ordinárias serão realizadas quinzenalmente, compreendendo expediente e ordem do dia.

Competências – Competirá ao presidente do Comitê coordenar as reuniões, convocar suplentes, resolver questões da ordem, fazer constar nas atas as justificativas de ausências às reuniões, exercer o direito do voto e resolver casos omissos. Ao secretário do Comitê caberá receber os pedidos, preparar processos, secretariar reuniões, atualizar arquivos, lavrar atas, exercer o direito do voto e encaminhar mensalmente relatório dos cartões apreendidos. Os membros devem comparecer às reuniões, fundamentar o voto, discutir matéria, solicitar reuniões ordinárias, solicitar informações e cumprir legislação.

Irregularidades – Configura-se irregularidade no uso do cartão de isenção tarifária, passivo a punições, as seguintes ocorrências: utilizar linha ou horário que não seja cadastrado na Agetran, ceder o cartão a terceiros, passar de duas ou mais pessoas juntas na catraca do ônibus ou terminal, utilizar cartão em dias não letivo ou dias e horários não autorizados.

Casos que dificultam a identificação do portador também são considerados irregulares, como: utilizar o cartão em mau estado de conservação ou adesivar, colar ou utilizar-se de artifícios. Ainda é irregular carregar créditos no cartão e não freqüentar a aula, promover algazarra, briga, discussões, pichações no interior dos ônibus ou terminal; passar por baixo ou por cima da catraca sem liberação, usar para outros fins que não o previsto na legislação, não manter atualizados dados cadastrais na Assetur, não renovar cartão, não se identificar diante da fiscalização da Agetran e da Assetur; terceiro portando cartão de pessoas com deficiência com direito a acompanhante ou subjudice, sendo utilizado sem a presença do beneficiário.

No caso especifico de estudante: permitir que terceiro carregue seu cartão na escola, ter acima de 10 faltas no bimestre e desistir de freqüentar as aulas e continuar utilizando o cartão.

Punições – Assim que detectada a irregularidade, o beneficiário fica passivo a advertência por escrito e suspensão imediata do beneficio. O beneficiário pode entrar com recurso no Comitê que julgará o caso aplicando as seguintes penalidades: bloqueio do beneficio por 30 dias ou por até um ano, encaminhamento ao Conselho Tutelar, perda definitiva do beneficio e ação civil e ou criminal contra o beneficiário.

O beneficiário que tiver mais de uma ocorrência no ano, reincidente ou não, perderá o benefício no corrente ano. O beneficiário que tiver o cartão bloqueado e for reincidente nos anos anteriores perderá o beneficio definitivamente. Todas as ocorrências serão registradas no banco de dados da Agetran e da Assetur para servir de histórico em casos de julgamentos.

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