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Cotidiano Quinta-feira, 29 de Março de 2012, 10:24 - A | A

Quinta-feira, 29 de Março de 2012, 10h:24 - A | A

Prefeitura renova Flexpark por mais 10 anos em maior vantagem para Capital, avalia prefeito

Lúcio Borges - Capital News (www.capitalnews.com.br)

O prefeito de Campo Grande Nelson Trad Filho irá renovar o contrato com a empresa Flexpark, que controla o serviço de estacionamento na região central da Capital. Após diversas polêmicas e até anúncios de renovação consumada, o chefe do executivo anunciou na semana passada que só decidiria após reunião na segunda-feira (26) com a direção da Agetran para analisar o contrato que os técnicos já haviam aprovado como “valido”, mas que deveria conter algumas novas exigências em contrapartida da empresa, que acabou ficando no que já seria obrigação da própria empresa. Na tarde desta quarta-feira (28) rapidamente o prefeito disse que seria possível a renovação e na manhã de hoje confirmou o contrato, como mais vantajoso para a Capital.

Trad explicou que exigiu melhorias em várias questões, lembrando que a renovação ocorreu, sobretudo para evitar transtornos, mas os detalhes do documento somente o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade, poderia explicar. “Aprovei porque é mais vantajoso para Campo Grande com as novas exigências incluídas, mas que só Rudel explica. Veja com ele. Mas renovamos também porque a sociedade já está assimilada, são 300 mil usuários ou chaveiros e mudar isso fica complicado”, explicou.

Após o prefeito mandar seu diretor explicar, Rudel comentou primeiramente que participou da reunião com o prefeito, que aprovou a renovação e estabeleceu novos itens, aprimorando o serviço. “O prefeito nos encomendou avaliação técnica, com o que tinha de bom e de ruim, para poder ser melhorado com esta ou outra empresa. O levantamento foi feito nos parquímetros e com a população, onde tiramos as conclusão para que o prefeito fizesse suas exigências em cima da parte técnica e sem preocupação das polêmicas. Ele o fez e aprovou”, disse.

Obrigação da empresa em pontos exigidos pela prefeitura

Rudel disse que dentre pontos técnicos do contrato, que foi reajustado, as duas exigências que atingem o consumidor, se resume em atender bem o usuário e manter o equipamento 100% operacional diariamente. Questionado pela reportagem se isto já não seria obrigação da empresa, o diretor, confirmou que sim, mas que em contrato não havia e que agora poderão até lacrar as maquinas. “Foram duas as exigências básicas. Melhoria na comercialização e manutenção dos parquímetros, que é obrigação, mas agora será exigido, fiscalizado, pois há muitos danos diários e que será comunicado a nós. Mas como obrigação da empresa, se chegarmos à máquina e tiver defeito, vamos lacrar na hora. Isto não havia no contrato”, exaltou.

O diretor explica quanto à comercialização, que a prefeitura exigiu o aumento no número de revendas credenciadas para venda do chaveiro e principalmente dos créditos. “Nas quadras onde nenhum estabelecimento for credenciado, a empresa terá que disponibilizar um operador para fazer a venda. Eles terão que ficar responsáveis por no máximo 50 vagas”, disse. Segundo Rudel o espaço entre um e outro vendedor seria duas quadras. “Se medirmos cada quadra a media de duas, pois por rua cabem até 50 carros, nos dois lados”, acrescentou.

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Foto: Minamar Junior/Capital News

Cumprindo a Lei e fazendo “Assistência Social”

Rudel ao ser lembrando que os vereadores estariam contra a renovação e que até poderiam recorrer contra na Justiça, ele revelou que já estariam cumprindo a Lei e agora, em contrato, vai ficar mais claro e ou até justo. “A lei dizia que a arrecadação deveria ser a Programas de Assistência Social, preferencialmente ao menor, mas a AS, não é ir os recursos para a SAS (Secretaria de Assistência Social) e sim onde há programas e nós também temos, onde prestamos serviço à sociedade na área. Temos o clube do Setinha com 3 mil crianças, fazemos palestras em empresas, temos a sinalização e agentes no campo, locais de uso social”, apontou.

O diretor então revelou a novidade do contrato. “A exigência do prefeito ou o esclarecimento quanto à lei, é que agora há determinação para que os recursos vá para um a conta especifica da Agetran, que deverá prestar conta a cada dois meses e que seja investido somente na educação e segurança no trânsito, para garantir a aplicação no setor social”, disse. Até hoje, foi admitido que o valor era destinado para investimentos em geral.

Assim, a principal mudança do prefeito no contrato de 10 anos, sem nenhum valor de outorga, está na destinação de 28% dos 220 mil arrecadados pela empresa. O montante, que fica entre R$ 60 e R$ 70 mil, será investido em educação e segurança, para garantir a aplicação da Lei.

Segundo Rudel, o repasse de 28,5% que a Prefeitura recebe é um dos maiores do País. Atualmente na Capital, 300 mil usuários utilizam os serviços do estacionamento eletrônico, que disponibiliza 2.300 vagas e emprega 55 funcionários. O valor cobrado pelo serviço é de R$ 1,50 por hora estacionada, mas o usuário paga só os minutos que utilizar.

 

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