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Cotidiano Quarta-feira, 26 de Abril de 2023, 11:36 - A | A

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Modelo para o país

Prevenção e combate a incêndios florestais em MS são exemplos para o país, diz Inpe

O Seminário marcou o lançamento das ações conjuntas do Governo do Estado e setor privado

Viviane Silva
Capital News

Divulgação/ Portal MS

Prevenção e combate a incêndios florestais em MS são exemplos para o país, diz Inpe

O Seminário marcou o lançamento das ações conjuntas do Governo do Estado e setor privado

O modelo de governança implementado pelo Governo de Mato Grosso do Sul para a realização de ações de prevenção e combate aos incêndios florestais é um exemplo para o Brasil, afirmou o pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Alberto Setzer, em sua apresentação no Seminário sobre Prevenção de Incêndios Florestais em Mato Grosso do Sul, realizado no auditório do Bioparque Pantanal, nesta terça-feira (25).

 

“Hoje, o Governo do Estado, em conjunto com a Reflore, lançou o programa Fogo Zero do Mato Grosso do Sul. Uma campanha importante na prevenção dos incêndios florestais. E é bom lembrar que Mato Grosso do Sul caminhou muito no combate ao incêndio. Basta verificar os dados ano passado onde Mato Grosso do Sul transformou numa ilha no Brasil em relação à prevenção e ao combate de incêndios, com o menor nível de incêndios florestais em relação ao ano anterior e também em relação aos outros estados brasileiros”, afirmou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

 

Mato Grosso do Sul modelo para o país

 

Em sua apresentação no Seminário realizado pela Semadesc, o pesquisador Alberto Setzer, do INPE, falou sobre o Programa Queimadas do INPE-MCTI, que apoia os Estados com dados e produtos, em tempo quase-real para a implementação de políticas locais/regionais para o controle, redução e gestão do uso ilegal e descontrolado do fogo na vegetação. “Nesse contexto, Mato Grosso do Sul evoluiu de maneira exemplar no uso de dados e produtos, sendo um dos melhores exemplos no país”, afirmou Alberto na apresentação.

 

De acordo com os dados apresentados pelo pesquisador do INPE, de 1º de janeiro a 24 de abril de 2023 houve uma redução de 36% no número de focos de incêndios registrados em todo o Estado de Mato Grosso do Sul em relação ao mesmo período de 2022 (caiu de 551 no ano passado para 351 neste ano). Somente no bioma Pantanal, de 1º de janeiro a 23 de abril de 2023 foram 55 focos registrados, número 73% inferior ao verificado no ano passado. Em 2020, neste mesmo período foram 1548 detecções, quase 30 vezes menos ocorrências.

 

Setzer reforçou que estiagens extremas, como a de 2019-2020 sempre ocorreram e vão ocorrer com maior frequência e, com elas, os incêndios florestais. Ele acrescenta que o uso das novas tecnologias sempre vai trazer mais avanços, mas também é importante ações de educação ambiental, fiscalização/punição, alternativas técnicas, incentivos fiscais atuação dos setores governamental, privado e das ongs.

 

“A solução está na governança adequada, no que Mato Grosso do Sul é o exemplo a ser seguido. Hoje nós temos aqui em Mato Grosso do Sul, instituições e organizações trabalhando justamente com a questão do fogo, no sentido de estudar e minimizar o seu uso. A gente percebe várias instituições envolvidas com o apoio do Governo do Estado nos mais altos níveis, criando legislação, decreto e implementando essas leis, esses decretos. E essa é a governança e a gente vê que isso está tendo um efeito”, afirmou Alberto Setzer.

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