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Cotidiano Sexta-feira, 29 de Junho de 2018, 09:30 - A | A

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ESTUPRO SEGUIDO DE MORTE

Professor que matou Kauan é condenado a 66 anos de prisão

Corpo do menino foi esquartejado e está sumido há um ano

Laura Holsback
Capital News

Arquivo Pessoal

Kauan

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O professor Deivid Almeida, acusado pelo estupro seguido de homicídio do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, foi condenado a pouco mais de 66 anos de prisão. A sentença foi divulgada nesta quinta-feira (28), pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Conforme as informações, o processo apurou além do assassinato, outras denúncias de estupros e crimes praticados pelo réu contra outras vítimas.

 

Em sentença proferida pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal de Campo Grande, Deivid foi condenado pelos crimes de estupro de vulnerável com resultado morte, por vilipêndio de cadáver e ocultação de cadáver, além de outros dois estupros de vulnerável, exploração sexual de adolescentes, armazenamento de material de cunho pornográfico envolvendo adolescente e importunação ofensiva.

 

O desaparecimento de Kauan, na época com 9 anos, ocorreu em junho do ano passado. Na fase judicial, depoimentos de duas vítimas de exploração sexual indicaram que Deivid era o autor do assassinato, porém o corpo do menino que teria sido esquartejado até hoje não foi encontrado.

 

Segundo o TJ, os depoimentos das vítimas foram levados em consideração pelo magistrado para embasar a condenação. O juiz também utilizou como prova, em relação à morte da criança, uma série de laudos periciais. Entre eles, o laudo que demonstrou que o sangue encontrado em um tapete na casa do acusado era de Kauan. O material foi comparado com o sangue da mãe do menino e também do irmão dele.

 

Outro laudo pericial constatou a presença de sangue no piso e na cama do quarto do acusado, seguindo para a porta da sala e para a pia da cozinha. O sangue também tinha perfil genético do sexo masculino. No veículo de Deivid também foi encontrado sangue no porta-malas e outro laudo apontou vestígios de sangue no travesseiro dele, bem como em um colchão. A amostra também foi identificada como de perfil genético do sexo masculino.

 

Somando-se a isso, o juiz ainda utilizou como prova para embasar a prática do crime, os laudos de vestígios de sangue no facão, o qual teria sido utilizado para o esquartejamento do corpo. O facão foi encontrado na residência do professor.

CapitalTV

 

Daivid foi condenado a 18 anos e 8 meses por dois estupros de vulnerável; 22 anos e 3 meses pelo estupro de vulnerável com resultado morte, vilepêndio de cadáver e ocultação de cadáver (todos em relação ao menino desaparecido) e 24 anos, 3 meses e 6 dias por 5 crimes de exploração sexual de adolescentes.

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