As indústrias do setor florestal – siderurgia, fábricas de celulose, compensados e madeira tratada – na região da Costa Leste do Mato Grosso do Sul devem puxar a expansão industrial no Estado, segundo levantamento da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul).
O presidente da Fiems, Sergio Longen conta com a confirmação de todos os empreendimentos já previstos no decorrer de 2014. “Será um ano de grande avanço para o setor industrial com os anúncios de investimentos da ordem de R$ 30 bilhões até 2018, incluindo o início da segunda linha de produção de celulose nas unidades da Fibria e Eldorado em Três Lagoas, assim como a International Paper, com a segunda linha da fábrica de papel, também em Três Lagoas”, comenta.Além disso, será iniciada a construção de uma nova planta de celulose em Ribas do Rio Pardo e de uma indústria química de processamento de milho - ácido cítrico, lisina, ácidos diversos, vitamina C e etanol - em Maracaju.
Em Água Clara, serão construídas fábricas de MDF e MDP, enquanto a CCR Via dará continuidade na duplicação da BR-163 no Estado e ADM prosseguirá com as obras de edificação de uma indústria de proteínas de soja em Campo Grande. Já em Chapadão do Sul, a Biourja vai instalar uma indústria de etanol de milho e Bela Vista ganhará uma fábrica de cimento.
"Para 2015, o nosso foco será manter o nível de empregos qualificados. Acredito que esse será o grande desafio para o Estado”comenta.
Apenas Sesi e Senai neste ano de 2014 já realizaram mais de 120 mil qualificações e nós esperamos para 2015 mais 100 mil qualificações, um desafio de ação muito organizada, muitas requalificações, fazendo com que os trabalhadores da indústria estejam mais preparados para esse mercado competitivo", disse.
A projeção é de crescimento de até 9,1% do PIB (Produto Interno Bruto). O crescimento do setor industrial deve gerar 138.700 postos de trabalho. As exportações podem crescer 1,4%. A receita deve saltar de US$ 3,62 bilhões para US$ 3,67 bilhões.
O presidente da Fiems, Sérgio Longen, diz que o desafio para 2015 é dar continuidade ao crescimento do PIB Industrial, o que será muito difícil em decorrência da crise. "Se nós mantivermos o dólar entre R$ 2,70 e R$ 2,80 com certeza a inflação será de 10% em 2015, sendo que não tem como fechar o próximo ano muito diferente disso. No entanto, nós acreditamos na política econômica do Governo Federal”.