O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), desenvolve um projeto-piloto para combater a dengue usando larvicida biológico e o próprio mosquito. A iniciativa será realizada em Três Lagoas e utiliza uma tecnologia inovadora que permite que a fêmea do mosquito espalhe o larvicida em criadouros de difícil acesso.
A estratégia envolve uma estação com um pote transparente e tecido preto impregnado com biolarvicida. Quando o mosquito entra em contato com o produto, ele carrega as partículas e as transporta para locais de reprodução, alcançando áreas que não podem ser acessadas por visitas domiciliares.
Mauro Lúcio Rosário, coordenador estadual de controle de vetores, explica que a fêmea do mosquito pode espalhar o biolarvicida em um raio de até 300 metros. A eficácia dessa abordagem será avaliada em Três Lagoas, com possibilidade de expansão para outros municípios, dependendo dos resultados.
Esse método complementa as estratégias de combate à dengue no estado, ampliando o controle vetorial de maneira eficiente e sustentável. Em 2025, o primeiro óbito por dengue foi registrado no estado, e novas medidas estão sendo tomadas para reduzir a propagação da doença.