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Trânsito Quarta-feira, 31 de Julho de 2024, 13:57 - A | A

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Protesto por segurança

Velório em meio a rodovia marca protestos contra morte de ciclista atropelado

Comunidade indígena bloqueia rodovia onde ciclista morreu

Vivianne Nunes
Capital News

O velório de Catalino Gomes Lopes, indígena de 49 anos morto na manhã de ontem após ser atropelado por uma caminhonete Hilux no anel viário em Dourados, está acontecendo na própria rodovia. A pista está fechada e a comunidade local exige a presença de autoridades que garantam melhorias de sinalização vertical e horizontal ao longo da via que margeia a aldeia Bororó e acampamentos.

Segundo informações do Dourados Agora, Catalino estava de bicicleta quando foi atingido pela caminhonete, que ficou com a frente destruída. Com a morte dele, o clima ficou tenso no local. O motorista precisou ser escoltado pela polícia.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que, com o fechamento da pista e a tensão no local, a polícia usou tiros de munição não letal e gás para dispersar a multidão.

Valderi Garcia, morador e líder da retomada (acampamento) Iwu Verá, localizado às margens do anel viário e vizinho a sítios e à aldeia Bororó, afirma que a comunidade só vai liberar a pista após a presença de uma autoridade que garanta melhorias de sinalização. "Queremos três lombadas eletrônicas, 10 quebra-molas, ponto de ônibus e passarela para pedestres no anel viário", disse ele, que já colocou as reivindicações da comunidade no papel. Os moradores também pedem a demarcação de terra e melhorias na infraestrutura em geral nos acampamentos e na Reserva Indígena.

O velório começou ontem e não há previsão para o enterro. Valderi destaca que somente após a chegada de uma autoridade ao local é que a comunidade irá considerar a possibilidade de liberação do anel viário.

A região onde aconteceu o acidente é uma travessia frequente de indígenas que seguem para a cidade. Para chegar ao centro, por exemplo, eles passam por vários condomínios de luxo e bairros de classe média.

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