A Eldorado Brasil Celulose, em Três Lagoas (MS), acaba de inaugurar um sistema inovador e pioneiro no mundo para a geração de energia verde, utilizando efluentes tratados. Com menos de 12 anos de atuação, a companhia se destaca como a única indústria global a adotar essa tecnologia, que reverte o fluxo de água antes de sua devolução ao rio Paraná, gerando energia e otimizando o processo de gestão de recursos hídricos.
A ideia para a criação desta mini hidrelétrica surgiu do Diretor Industrial, Carlos Monteiro, que desafiou a equipe de Inovação e Tecnologia da empresa a desenvolver o sistema em parceria com o professor Augusto Viera, da Universidade de Itajubá (MG). "Enxergamos um potencial energético significativo e decidimos avançar. Nossa cultura de inovação nos traz diferenciais competitivos e de sustentabilidade, contribuindo para uma economia sustentável e benefícios ao planeta, como a geração de energia verde", afirma Monteiro.
O sistema utiliza duas turbinas instaladas para reverter o fluxo da água e gerar energia, processando um total de 5 mil metros cúbicos de efluentes por hora, o equivalente a 5 mil caixas d'água residenciais abastecidas no mesmo período. A energia gerada é destinada ao consumo próprio da Eldorado Brasil, especificamente para alimentar o prédio administrativo da empresa, que inclui os edifícios do RH/Florestal, auditório, restaurante e ambulatório.
Além disso, a empresa criou uma nova nomenclatura para essa tecnologia inovadora: BFTEs (Bombas Funcionando como Turbinas com Efluentes), diferenciando-se das tradicionais BFTs (Bombas Funcionando como Turbinas). Essa inovação reforça o compromisso da Eldorado Brasil com práticas ESG (Ambiental, Social e Governança), elevando seus padrões de controle ambiental e eficiência na utilização de recursos naturais.
"A Eldorado Brasil possui um rigoroso controle ambiental, com o IPA (Índice de Práticas Ambientais) desenvolvido internamente, que supera as exigências legais e é monitorado diariamente. Estamos comprometidos em garantir o uso adequado dos recursos e, agora, conseguimos ainda mais produtividade dentro de nossa estação de tratamento de efluentes", conclui Monteiro.