A atividade de confinamento bovino começa a mostrar sinais de recuperação após atravessar uma fase de margens apertadas. Em março, os abates registraram a menor rentabilidade dos últimos sete meses, com índice de apenas 1,3% ao mês, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Apesar do desempenho fraco no mês passado, as projeções para os próximos meses são otimistas. Os pesquisadores estimam que a rentabilidade suba para 2,5% ao mês nos abates previstos para julho, o que representa um avanço importante na atratividade econômica da atividade.
O cenário de melhora ocorre mesmo com custos operacionais ainda elevados, especialmente os relacionados à alimentação do gado. A alta no preço dos alimentos impacta diretamente as despesas dos confinadores, dificultando o equilíbrio financeiro das propriedades.
Ainda assim, o movimento de valorização da arroba tem sido suficiente para sustentar a recuperação das margens. De acordo com o Cepea, essa valorização ajuda a compensar os gastos maiores com insumos e torna o confinamento mais viável economicamente no médio prazo.
