O município de Santa Rita do Pardo, tradicionalmente conhecido pela pecuária extensiva, começa a redefinir seu perfil econômico. Com 11 mil hectares cultivados de soja, a região se prepara para integrar a Rota da Celulose, impulsionada pela instalação da indústria da Bracell em Bataguassu e pela necessidade de diversificação na ocupação do solo.
O tema foi debatido nesta quinta-feira (25) durante reunião entre o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o secretário-executivo de Desenvolvimento Rogério Beretta, e o presidente da Aprosoja-MS, Jorge Michelc, junto à equipe da prefeitura local e representantes do programa SIGA-MS.
Marinco de Pauda/Semadesc
Reunião foi na última sexta-feira
“Tivemos a oportunidade de falar um pouco sobre as perspectivas do desenvolvimento econômico de Santa Rita do Pardo, principalmente sobre o impacto da instalação da Bracell e o desenvolvimento de toda a base florestal. É um município que está mudando a sua base produtiva, hoje já está com 11 mil hectares de soja, possível expansão de eucalipto, entrada também da citricultura, e ainda tem mais de 60% da sua área em pastagem voltado para a pecuária”, destacou Jaime Verruck.
Durante o encontro, Jorge Michelc pontuou que o principal objetivo foi a entrega do estudo técnico de Uso e Ocupação do Solo. “A entrega está sendo feita em todos os municípios. Já foram entregues cerca de 50 mapas do SIGA/MS”, explicou o presidente da Aprosoja-MS.
Também participaram da reunião o secretário municipal de Agronegócio, Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, Criser Luã, a secretária de Assistência Social e primeira-dama do município, Dixie Carolina Croskey Costa, além de técnicos e representantes da Aprosoja/MS.
Uma preocupação destacada pelos produtores locais foi a instabilidade no fornecimento de energia elétrica, especialmente para os sistemas de irrigação. Atualmente, a concessionária responsável na região é a Elektro. “Nós vamos levantar todas essas demandas e o Estado, junto com a Aprosoja, vamos levar à diretoria da Elektro para tentar resolver, porque essa é uma restrição à expansão econômica do município”, afirmou Verruck.
O estudo técnico entregue aos municípios é resultado de uma parceria entre o Governo do Estado e a Aprosoja-MS. Executado pelo projeto SIGA-MS, o mapeamento detalha a distribuição do cultivo de soja, milho, além de outras culturas e áreas ainda disponíveis. As informações já foram entregues ao governador Eduardo Riedel, parlamentares e lideranças do setor agropecuário, com a proposta de subsidiar políticas públicas e planejamento estratégico no Estado.
