Em outubro de 2024, Campo Grande registrou o maior aumento no custo da cesta básica entre as 17 capitais brasileiras, com uma variação de 5,10%. Esse aumento foi o único superior a 5% no país e reflete diretamente no orçamento das famílias, que enfrentam um cenário de preços mais altos para itens essenciais. O custo da cesta básica na capital sul-mato-grossense subiu para R$ 751,06, o que representa um acréscimo de R$ 36,31 em relação ao mês anterior.
Produtos como tomate (17,21%), carne bovina (8,62%), café em pó (4,65%) e óleo de soja (4,20%) foram os principais responsáveis pela alta no preço da cesta. A banana também teve um aumento de 5,53%, impulsionado por fatores climáticos. Outros itens como o leite e a manteiga seguiram a tendência de alta, com variações de 0,32% e 1,88%, respectivamente. Apesar disso, o arroz e a farinha de trigo tiveram leves variações negativas, com quedas de -0,48% e -4,65% nos últimos 12 meses.
Com o aumento da cesta básica, o trabalhador de Campo Grande precisou dedicar mais horas de trabalho para garantir a compra dos itens essenciais. A jornada necessária para adquirir a cesta passou de 117 horas e 1 minuto em outubro, um acréscimo de 5 horas e 41 minutos em relação ao mês anterior. Esse aumento é um reflexo direto da pressão sobre o salário mínimo, que compromete 57,50% do rendimento líquido do trabalhador, um índice superior ao registrado em setembro e também em relação ao ano passado. Em termos nacionais, outras capitais também apresentaram altas significativas, com destaque para Brasília, Fortaleza e Belo Horizonte.