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Economia Terça-feira, 24 de Dezembro de 2024, 11:03 - A | A

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Cresceu

Confiança da construção cresce em dezembro, diz FGV

Índice encerra o ano com leve alta, impulsionado por melhores expectativas e crescimento do setor, apesar de desafios na contratação de mão de obra.

Viviane Freitas
Capital News

O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pelo FGV IBRE, registrou alta de 0,9 ponto em dezembro, atingindo 96,6 pontos. Apesar desse avanço, a média móvel trimestral apresentou queda de 0,2 ponto, marcando o segundo resultado negativo consecutivo no indicador.

De acordo com Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, o ICST encerra o ano levemente acima do nível registrado em dezembro de 2023, refletindo um cenário de pessimismo moderado. Apesar de um mercado de trabalho aquecido, o setor enfrentou dificuldades na contratação de mão de obra, o que influenciou a confiança ao longo do ano. Ainda assim, o crescimento dos investimentos em infraestrutura e mercado imobiliário em 2024 impulsionou o setor, com impactos esperados também para 2025. Em dezembro, destacou-se o aumento no percentual de empresas que projetam crescimento na demanda, superando as expectativas de queda por 21 pontos.

O avanço de dezembro no ICST foi sustentado tanto por uma percepção mais otimista sobre o momento atual quanto por melhores expectativas para o futuro. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) cresceu 0,3 ponto, chegando a 95,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 1,5 ponto, alcançando 97,6 pontos.

Os componentes do ISA-CST apresentaram resultados mistos: o indicador de volume de carteira de contratos aumentou 2,8 pontos, atingindo 96,9 pontos, enquanto o indicador da situação atual dos negócios recuou 2,1 pontos, para 94,7 pontos. Já no IE-CST, ambos os componentes cresceram: o indicador de demanda prevista para os próximos três meses subiu 2,6 pontos, alcançando 100,7 pontos, e o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses avançou 0,4 ponto, atingindo 94,4 pontos.

Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção teve leve variação negativa de 0,1 ponto percentual (p.p.), fixando-se em 78,9%. O NUCI de Mão de Obra também recuou 0,1 p.p., para 80,3%, enquanto o NUCI de Máquinas e Equipamentos avançou 0,4 p.p., alcançando 73,6%. Esses resultados refletem um ajuste moderado na capacidade produtiva do setor.

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