O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, atingindo R$ 3,0 trilhões em valores correntes. O desempenho positivo foi impulsionado pelas altas nos setores de Serviços (0,9%) e Indústria (0,6%), enquanto a Agropecuária registrou queda de 0,9%. No acumulado do ano, o PIB cresceu 3,3%, e nos últimos quatro trimestres, a alta foi de 3,1%. Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, o crescimento foi de 4,0%, conforme os dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE.
A divulgação do PIB trouxe revisões importantes para os números de 2023, motivadas pela atualização das bases de dados utilizadas. O crescimento anual, que havia sido estimado em 2,9%, foi revisado para 3,2%, com ajustes positivos nos setores de Agropecuária (de 15,1% para 16,3%), Serviços (de 2,4% para 2,8%) e Indústria (de 1,6% para 1,7%). Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, a revisão foi possível devido à incorporação de novas fontes estruturais, como a Produção Agrícola Municipal e a Produção da Pecuária Municipal.
No terceiro trimestre de 2024, o setor de Serviços foi destaque, com crescimento em áreas como Informação e Comunicação (2,1%) e Atividades Financeiras (1,5%). Na Indústria, as Indústrias de Transformação avançaram 1,3%, enquanto a Construção apresentou queda de 1,7%. Pela ótica da demanda, o investimento (Formação Bruta de Capital Fixo) cresceu 2,1%, e o consumo das famílias aumentou 1,5%, evidenciando uma retomada econômica sustentada.
Comparando com o terceiro trimestre de 2023, o PIB registrou alta de 4,0%, marcando o 15º trimestre consecutivo de crescimento nessa base de comparação. O setor de Serviços, responsável por grande parte do PIB, avançou 4,1%, com todas as suas atividades no campo positivo. Já a Agropecuária teve queda de 0,8%, influenciada por reduções na produtividade de culturas como milho (-11,9%) e laranja (-14,9%), embora culturas como algodão (14,5%) e trigo (5,3%) tenham apresentado bom desempenho.
A Indústria também cresceu na comparação anual, com alta de 3,6%. Destaques incluem a Construção (5,7%), impulsionada pela produção de insumos, e as Indústrias de Transformação (4,2%), lideradas pela fabricação de veículos e produtos químicos. Apesar de avanços em setores importantes, as Indústrias Extrativas tiveram queda de 1,0% devido à redução na extração de petróleo e gás. Esses resultados reforçam o papel do Sistema de Contas Nacionais como ferramenta crucial para monitorar e analisar a economia brasileira.