Em 2023 o mercado asiático e países sul-americanos que integram o Corredor Rodoviário de Capricórnio, conhecido como Rota Bioceânica, foram destino de 61,38% das exportações sul-mato-grossenses no período de janeiro a dezembro de 2023. “Do valor recorde de US$ 10,5 bilhões em exportações de Mato Grosso do Sul no ano 2023, praticamente US$ 6,5 bilhões foram para países da Ásia e para os que integram o trajeto da Rota Bioceânica” comenta o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
As vendas externas de commodities e outros produtos sul-mato-grossenses para a China, Argentina, Japão, Coreia do Sul, Vietnã, Indonésia e Chile, saltaram de US$ 4,269 bilhões em 2022, para US$ 6,454 bilhões no ano passado, crescimento de 66,1%.
Atualmente, entre os 10 maiores destinos das exportações sul-mato-grossenses, sete deles envolvem países que estão relacionados à Rota Bioceânica: China, Argentina, Japão, Coreia do Sul, Vietnã, Indonésia e Chile. Destes, somente as vendas externas para o Japão registraram queda no ano passado. As transações comerciais com o mercado chinês cresceram 43,4%, saindo de US$ 2,926 bilhões em 2022 para US$ 4,196 bilhões em 2023.
Os demais destaques no bloco do mercado asiático são: Coreia do Sul, com aumento de 16,9%, de US$ 182,438 milhões, para US$ 213,227 milhões; Vietnã, ampliação de 49,8%, de US$ 140,812 milhões, para US$ 210,988 milhões e Indonésia, alta de 57,3%, de US$ 129,514 milhões, para US$ 203,755 milhões.
No bloco sul-americano, a Argentina, segundo maior parceiro comercial de Mato Grosso do Sul, registrou aumento de 265,6% nas transações com o Estado, saltando de US$ 301,85 milhões em 2022 para US$ 1,1 bilhão no ano passado. Já as exportações para o Chile neste período tiveram crescimento de 8,6%, passando de US$ 179,234 milhões para US$ 194,726 milhões.
“Essas exportações seguiram basicamente pelos portos de Santos e Paranaguá, mas esses números só demonstram a relevância e confirmam a importância da Rota Bioceânica para Mato Grosso do Sul. Nossa expectativa é que, daqui a 2 anos, parte dessas exportações já seja transportada pelos portos da costa chilena”, acrescentou o titular da Semadesc.