O início das atividades das indústrias de papel e celulose instaladas em Três Lagoas (A VCP e a International Paper) podem alavancar o setor industrial de Mato Grosso do Sul, ajudando o Estado a chegar num crescimento de 10% no setor em 2009. Essa é a estimativa do presidente da federação das Indústrias de MS (Fiems), Sérgio Marcolino Longen.
Apesar do momento de crise financeira mundial e da redução – e em alguns casos – paralisação das atividades nas siderúrgicas e mineradoras do Estado, Longen não acredita num ano ruim para a indústria e conta como “passageira” essa onda de crise.
“Assim como foi no último trimestre de 2008, ainda teremos uma grande turbulência no primeiro trimestre deste ano, mas os investimentos feitos no ano passado se refletem na contratação de trabalhadores e no PIB Industrial do Estado agora”, afirma.
Longen ainda conta como certa a reativação da Rio Tinto em Corumbá, no segundo semestre, o que só faz crer que o crescimento de 10% na indústria sul-matogrossense – previsão que está acima da média nacional – pode ser alcançado.
“O setor está parado temporariamente, mas deve reagir e voltar a crescer no segundo semestre. Só da Rio Tinto temos a garantia de investimentos de US$ 2,1 bilhões, isso é considerável, se lembrarmos que estamos falando de um momento de crise”, lembrou.
PIB
O sucesso no combate à desaceleração irá depender basicamente da "melhora da confiança no futuro", com o restabelecimento do crédito no mercado e taxas de juros mais propícias ao investimento. Para a Fiems, em um cenário otimista Mato Grosso do Sul deverá apresentar no próximo ano uma expansão do PIB Industrial de mais de 4%.
“O PIB industrial do Estado deve fechar 2008 com crescimento 4,5%. Para este ano a perspectiva é avançar ainda mais com esses números. Na geração de empregos industriais a previsão é de crescimento entre 2,5 a 4% com a criação de 6 mil novos postos. Ressaltando aí que as oportunidades devem surgir nos setores sucroalcooleiro, papel e celulose”, prevê o presidente da Fiems.