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Economia Terça-feira, 25 de Março de 2008, 19:00 - A | A

Terça-feira, 25 de Março de 2008, 19h:00 - A | A

Bovespa mantém alta; dólar fecha com recuo de 0,85%

Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) se mantém com ganhos, puxados pela alta nas ações da Petrobras. Já o dólar comercial fechou com queda, refletindo o bom humor do mercado acionário.

O Ibovespa --principal indicador da Bolsa paulista-- avançava 2,33%, aos 61.207 pontos, por volta das 16h20. O giro financeiro é de R$ 4,79 bilhões, com cerca de 176 mil negócios realizados.

O dólar comercial, por sua vez, recuou 0,85%, vendido a R$ 1,732. Nem mesmo o leilão de compra de dólares do Banco Central, ocorrido já no final da negociação de hoje, conseguiu impedir a desvalorização da moeda americana. No leilão, o BC comprou dólares com taxa de corte de R$ 1,7342.

A Bovespa praticamente ignorou o dia instável nas Bolsas americanas devido aos ganhos dos papéis da Petrobras, causado pelo desdobramento das ações de 1 para 2 e pela recuperação do valor de mercado após as perdas registradas na semana passada. Agora, tem valorização de 5,66% paras as ordinárias e 5,52% paras as preferenciais.

Ontem, a estatal informou que os acionistas da empresa aprovaram o desdobramento de ações, o que animou os investidores. O desdobramento das ações faz com que o preço unitário de uma ação da petrolífera fique mais barato, o que atrai investidores com menor poder aquisitivo.

Por outro lado, também merece destaque o péssimo desempenho das ações da Cesp (Companhia Energética de São Paulo) causado pelo cancelamento de seu leilão de privatização, anunciado hoje pelo governo de São Paulo. Os papéis PNB da geradora de energia elétrica são as que mais caem entre as ações listadas no Ibovespa, com perda de 20,72%.

EUA

Em Wall Street, as Bolsas operam agora com leves altas, após passar boa parte do dia com perdas. O índice Dow Jones está praticamente estável, com leve alta de 0,13%, aos 12.565 pontos, enquanto que o tecnológico Nasdaq Composite sobe 0,8%, a 2.345 unidades. O S&P 500 avança 0,51%, a 1.356 pontos.

Pouco antes de se iniciar os pregões em Wall Street, o indicador Standard & Poor's/Case Shiller de preço de casas de janeiro indicou redução em relação a dezembro de 2007.

As expectativas dos analistas, no entanto, se concentraram na divulgação da confiança do consumidor norte-americano. Segundo anunciou o instituto privado Conference Board, o índice geral voltou a cair em março para 64,5, ante 76,4 de fevereiro. Trata-se do menor índice desde março de 2003 (61,4).

O indicador da confiança do consumidor é considerado importante porque um consumidor pessimista tende a retrair o consumo --o principal motor da economia americana, que está na iminência de uma recessão. Já a queda do valor das casas --a maior desde que começou a ser medida, em 1987-- indica que a crise do crédito imobiliário de alto risco ("subprime") ainda não acabou.

Os indicadores ruins fazem com que o mercado americano se mantenha volátil, assim como já ocorre desde o início da crise do subprime. Seis instituições financeiras são listadas hoje entre as dez mais negociadas --três com ganhos (Citigroup, Thornburg Mortgage e Washington Mutual) e três com perdas (JPMorgan, Bear Stearns e Bank of America).

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