O Ministério do Trabalho e Emprego registrou queda no número de empregos formais criados no país em novembro. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira (22), em novembro se registrou perda de 40.821 empregos em relação ao mês anterior, o que representa diminuição de 0,13%.
Esta é a primeira queda no nível de emprego neste ano, segundo o ministério. Ou seja, o número de postos de trabalho fechados foi maior do que o de abertos.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que a redução já era prevista por causa da crise financeira internacional. Segundo ele, a queda se concentrou mais nos estados de Minas Gerais e São Paulo. As indústrias de transformação e alimentícia foram as que colocaram o número mais para baixo.
De janeiro a novembro, no entanto, foram criados 2.107.150 postos de trabalho, um resultado recorde na série histórica do Caged para o período. “Tivemos um começo do ano muito forte e, por isso, continuamos com todos os números recordes”, disse Lupi. Para dezembro, ele estima que deve haver nova queda na geração de empregos.
“Qualquer que seja o resultado de dezembro, 2008 terá o maior número da história”, completou o ministro.
2009
Apesar dos efeitos da crise, o ministro Carlos Lupi se mostra otimista para o ano que vem. A previsão, segundo ele, é de criação de pelo menos 1,5 milhão de empregos. Lupi, porém, disse que vai esperar os dados de dezembro para fazer um prognóstico real para 2009.
Para o ministro, em tese, o setor mais afetado em 2009 deverá ser a indústria automobilística. No período entre 2003 e 2008, anos do governo Lula, foram gerados 8,3 milhões de postos de trabalho formais no Brasil. (G1)