A balança comercial de Mato Grosso do Sul atingiu superávit de US$ 117 milhões em janeiro de 2018. O montante é 7,6% maior do que no mesmo período em 2017. A celulose, os grãos e o minério de ferro foram os principais responsáveis pelo bom desempenho, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A celulose ultrapassou a soja, sendo o produto mais exportado por Mato Grosso do Sul em janeiro. O aumento é de 33% de dezembro para janeiro. A sazonalidade da soja durante o período e o ínicio das operações da unidade da Fibria em Três Lagoas contribuíram para o resultado.
Atualmente, a celulose é responsável por 39,36% das exportações estaduais, gerando receita de US$ 128 milhões. A carne bovina ficou em segundo lugar no mês de janeiro, com 17% de participação na balança comercial e crescimento de 29% nas exportações. A soja só aparece em terceiro, mas com aumento de 85% de vendas ao mercado externo.
“Vemos claramente a importância da celulose para o Estado e a mudança da nossa pauta exportadora, que deixou de ser baseada apenas em carne e grãos. A diversificação é positiva para a economia, pois agrega valor aos nossos produtos e gera mais opções de renda à população”, destaca o secretário Jaime Verruck, titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).
Entre os destaques da balança comercial também está o minério de ferro. Em janeiro chegou a receita de US$ 12 milhões, com crescimento de 81% nas exportações em relação ao mesmo período do ano passado.
Exportações
Em relação ao destino dos produtos sul-mato-grossenses, a China é responsável pela compra de 38%, o que equivale a US$ 125 milhões. Em janeiro, as exportações do Estado para o país asiático aumentaram 89%.
As vendas para o Uruguai aumentaram em 814,83% e para Coreia do Sul em 172,34%.
Três Lagoas se mantém como o município do Estado que mais exporta. Em janeiro teve crescimento de 36%, devido as atividades da fábrica da Fibria.
Importações
O gás natural boliviano continua sendo o produto mais importado por Mato Grosso do Sul, com participação de 53%. Em janeiro o volume comprado cresceu 78% em relação ao ano anterior. Entretanto, a tendência é de que queda, devido a fim da crise hídrica e o desligamento das térmicas.