Quinta-feira, 09 de Outubro de 2008, 15h:25 -
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Crise global não afeta VCP de Três Lagoas
Da redação (LM)
A desaceleração da economia global levará os fabricantes de celulose a rever os seus programas de projetos de expansão, segundo o presidente da Votorantim Celulose e Papel (VCP), José Luciano Penido. O executivo disse que o setor estuda opções para compensar a redução de demanda mundial do insumo. A própria VCP, de acordo com Penido, adiará o cronograma de operações da fábrica que construirá no Rio Grande do Sul, com início previsto para 2011. "Nós, da VCP, vamos atrasar o projeto de Losango. O projeto, com certeza, vai ter um escorregão no tempo", afirmou.
Em apresentação no Congresso da Consultoria Risi, realizado até amanhã em São Paulo, o executivo deu a entender que outras companhias devem seguir o caminho da VCP. "Acredito que todas as outras empresas, dentro de seu melhor juízo de prudência financeira, vão considerar duas vezes o timing anunciado", disse. O único prazo que deve ser mantido pela empresa, conforme Penido, será da VCP em Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, com previsão para o início de operações em maio de 2009.
A revisão dos prazos, na visão de Penido, será necessária para que o setor não provoque um excedente de oferta no mercado. A redução da demanda, aliada a crise financeira global, deverá resultar em novas redução do preço da celulose, afirmou ele.
Durante a palestra, o executivo destacou que juntas a VCP e a Aracruz devem alcançar capacidade anual de produção de 7 milhões de toneladas em 2012. Esse volume seria atingido com a construção da fábrica da Aracruz em Guaíba, no Rio Grande do Sul. O projeto, no entanto, está previsto para entrar em operação em 2010. Questionado se o prazo deste projeto seria alterado (o grupo Votorantim é um controladores da Aracruz), ele se limitou a dizer que não poderia falar por outra empresa. (AE)