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Economia Quinta-feira, 03 de Abril de 2008, 18:55 - A | A

Quinta-feira, 03 de Abril de 2008, 18h:55 - A | A

Dólar fecha com queda pelo 3º dia consecutivo

Reuters (VN)

O dólar caiu pelo terceiro dia consecutivo hoje, aproveitando a melhora dos mercados internacionais em um dia de volume reduzido de negócios.

A moeda americana fechou a R$ 1,718, com baixa de 0,58%. A divisa já acumula desvalorização de 2% em abril.

A queda do dólar acompanhou, ao longo do dia, a melhora das bolsas de valores no Brasil e nos Estados Unidos. Os principais índices de Wall Street chegaram a cair pela manhã, afetados por dados ruins sobre o emprego, mas depois se recuperaram com o bom desempenho das ações de mineração e energia.

"Aparentemente, o pessoal acredita que a crise (externa) vai ser superada", disse Paulo Fujisaki, analista da corretora Socopa, ressalvando que isso "deve demorar".

"E o atrativo de arbitragem (entre o juro externo e o doméstico) continua... A tendência realmente é essa (de queda do dólar)", complementou.

Um operador de uma corretora nacional, que não quis ser identificado, lembrou que o volume relativamente baixo pode ter permitido que eventuais entradas de recursos tivessem um efeito mais contundente sobre a taxa de câmbio. Segundo ele, o giro do mercado interbancário não alcançava US$ 1 bilhão até a última hora de negócios.

Enquanto prestava atenção ao exterior, o mercado repercutiu a discussão entre Fazenda e Banco Central sobre as políticas monetária e cambial do País. Nos últimos dias, o Ministério da Fazenda tem debatido uma série de medidas para evitar pressões inflacionárias, antecipando-se a uma eventual alta da Selic.

Entre as medidas, chegou-se a discutir o aumento do superávit primário e até a definição de metas cambiais. "Isso tirou um pouco o volume do mercado, até para saber se isso é realmente fato", disse o gerente de câmbio de um banco nacional, que preferiu não ser identificado.

Paulo Leme, do banco de investimento Goldman Sachs, acrescentou em relatório que "o barulho da ida e vinda dos balões de ensaio sobre um regime cambial alternativo pode aumentar a volatilidade do real e impedir uma apreciação da moeda brasileira".

Na metade da sessão, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado. Foram aceitas duas propostas, segundo operadores, com taxa de corte a R$ 1,7269.

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