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Economia Sexta-feira, 22 de Fevereiro de 2008, 17:58 - A | A

Sexta-feira, 22 de Fevereiro de 2008, 17h:58 - A | A

Dólar fecha semana em queda acumulada de mais de 2%

Terra

O dólar fechou em queda pela quinta sessão consecutiva, em mais um dia em que o mercado cambial se descolou das bolsas e seguiu o fluxo de entrada da moeda.

A moeda norte-americana caiu 0,18% na sexta-feira, para R$ 1,708. Durante a sessão, a divisa chegou a romper o patamar de R$ 1,70, com o pregão à vista da BM&F chegando a registrar mínima de R$ 1,698. Na semana, o dólar acumulou queda de 2,62%.

O mercado cambial passou toda manhã operando em forte desvalorização, mas a piora dos mercados internacionais na parte da tarde reduziu as perdas da moeda norte-americana.

"O fluxo é bastante positivo", disse Vanderlei Arruda, gerente de câmbio da corretora Souza Barros.

"(A redução da queda do dólar) é, na verdade, a sensibilidade dos mercados ao cenário externo. Nos Estados Unidos, começaram a cair os papéis dos bancos e o investidor aproveitou para tirar os ganhos das últimas sessões", afirmou o gerente, referindo-se à forte desvalorização da moeda nesta semana.

Em Wall Street, os principais índices acionários apresentavam números vermelhos, enquanto que a bolsa paulista operava perto da estabilidade.

Segundo Mario Paiva, analista de câmbio da corretora Liquidez, a tendência de queda do dólar não é apenas interna mas sim, um fenômeno global.

"A quantidade de dólar no mundo é muito maior do que o mundo pode demandar, é uma queda mundial", afirmou o analista, mas ressaltou que o Brasil passa por um bom momento.

"Aqui nós estamos cada vez menos vuneráveis às crises externas, afinal o País agora é credor, o que atrai ainda mais dólar pra cá", disse Paiva, referindo-se ao recente anúncio do Banco Central, de que o País possui reservas internacionais capazes de pagar toda a dívida externa.

"A economia brasileira vem cada vez mais saudável e cada vez mais atraente para o capital estrangeiro", afirmou Paiva, citando o alto diferencial entre a taxa de juro doméstica e as taxas externas, os preços das commodities, a privatização da Cesp, além dos crescentes rumores de que o Brasil pode atingir o rating "investiment grade" ainda neste ano como fatores que vêm pressionando a moeda estrangeira.

No meio da sessão, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólar no mercado à vista, definindo a taxa de corte a R$ 1,7080.

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