O destaque no período de janeiro a maio de 2012 é para o grupo “Óleos Vegetais” com crescimento de 77,8% sobre igual período de 2011. As exportações de produtos industrializados no Estado neste primeiro semestre superam a receita de US$ 1 bilhão. O que representa um crescimento de 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a receita chegou a US$ 1 bilhão. Conforme levantamento do Radar Industrial da Federação das Indústrias do Estado de MS (Fiems), baseado nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o crescimento ocorre sobre uma forte base de comparação das receitas totais de exportação de industrializados. Para se ter idéia, de janeiro a maio dos anos de 2009 e 2010, as receitas de exportação foram de US$ 385,2 e US$ 655,1 milhões, indicando uma alta de 28,4% em 2012.
Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, esse aumento reflete, diretamente, na participação das vendas de produtos industrializados no total das exportações de Mato Grosso do Sul. “Neste período analisado, a indústria já é responsável por 63,4% da receita de US$ 1,65 bilhão obtida com tudo que foi exportado pelo Estado de janeiro a maio, confirmando as nossas expectativas de que devemos encerrar o ano de 2012 com receita acima dos US$ 2,87 bilhões alcançados em 2011”, calculou Longen.
Com uma receita equivalente a US$ 296,4 milhões obtida no mês passado, maio registra o segundo melhor resultado já alcançado em toda a série histórica da exportação de industrializados no Estado, ficando atrás somente de setembro de 2011 com US$ 354,9 milhões. Na comparação com os resultados de igual mês, vale ressaltar que de janeiro de 2009 até agora foram registradas 31 quebras de recorde nas receitas de exportação. Além disso, o valor de US$ 296,4 milhões obtido em maio tem um crescimento de 11,1% sobre maio de 2011, quando o montante foi de US$ 267,4 milhões.
Com relação ao volume de industrializados exportados no período de janeiro a maio deste ano, o total é de 2,71 milhões de toneladas, indicando uma redução de 10,3% em relação à igual período de 2011, quando foi vendido ao exterior o equivalente a 3,02 milhões de toneladas de produtos industrializados. Na análise somente do mês de maio, a exportação de industrializados alcançou o equivalente a 925,9 mil de toneladas, demonstrando, deste modo, uma redução de 3,2%, em volume sobre igual mês do ano anterior, quando as vendas externas somaram 956,7 mil toneladas.
Principais grupos
No ano, os principais grupos de industrializados que apresentaram crescimento nas exportações são os do “Complexo Carne”, com alta de 12,6%, “Açúcar e Álcool”, com elevação de 44,9%, “Papel e Celulose”, com aumento de 8,2%, e “Óleos Vegetais Bruto e Refinado”, com expansão de 77,8%. No caso do “Complexo Carne”, até o momento, os produtos de maior destaque são as carnes desossadas e congeladas de bovinos, carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos, que proporcionaram um acréscimo, em receita, equivalente a US$ 52,6, US$ 15,6, US$ 5,8 e US$ 2,8 milhões, respectivamente.
Em relação ao ano passado, dois aspectos permanecem como principais destaques até agora: as vendas externas de carne bovina apresentam melhor desempenho frente a 2011 e a queda nas vendas dos pedaços e miudezas congelados de galos e galinhas e as carnes congeladas de galos e galinhas não cortados em pedaços. No primeiro caso, os russos, principais compradores do produto sul-mato-grossense, adquiriram o equivalente a US$ 52,9 milhões em 2011 e, somente nos cinco primeiros meses de 2012, os valores atingem a marca de US$ 113,4 milhões, resultando em aumento de 114%.
Já no segundo caso os dois produtos citados apresentam uma redução líquida, em receita, da ordem de US$ 25,6 milhões. No grupo “Açúcar e Álcool”, até o mês de maio, a receita de exportação alcançou o equivalente a US$ 205,9 milhões, demonstrando um crescimento nominal de 44,9% na receita, resultando em um valor adicional de US$ 63,8 milhões.
Quanto às exportações de “Papel e Celulose”, até agora, em 2012, registrou uma receita de exportação equivalente a US$ 182,3 milhões ou 90,6% da receita total do grupo, que tem como principais comparadores, até o momento, a China, com 30,3% ou US$ 60,9 milhões, Holanda, com 15,2% ou US$ 30,6 milhões, Itália, com 13,8% ou US$ 27,8 milhões, e Espanha, com 8,4% ou US$ 16,8 milhões. Já no grupo “Óleos Vegetais Bruto e Refinado” a receita de exportação ficou em US$ 73,5 milhões, apontando um crescimento de 77,8%, tendo como principais compradores a China, com 54,3% ou US$ 39,9 milhões, a Índia, com 22,2% ou US$ 16,3 milhões, e o Irã com 6,4% ou US$ 4,7 milhões.