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Economia Sexta-feira, 23 de Maio de 2008, 08:47 - A | A

Sexta-feira, 23 de Maio de 2008, 08h:47 - A | A

Itaú contesta venda da Nossa Caixa ao BB e pede leilão

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br) (JG)

Um dia após ser anunciada, a negociação para a venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil (BB) foi contestada nesta quinta-feira (22) pelo presidente do Banco Itaú, Roberto Setubal. Em declaração ao jornal 'O Estado de S. Paulo', o presidente do segundo maior banco privado do país cobra maior transparência no negócio e defende a realização de um leilão, o que garantiria melhor preço pelo patrimônio do banco estadual paulista. Ele antecipou o interesse do Itaú na disputa.

“Se o governo do estado de São Paulo pretende vender a Nossa Caixa, entendo que a melhor forma seria um leilão, pois estaria garantido, de forma transparente, o melhor preço para o estado. O Itaú teria interesse em participar desse eventual leilão”, declarou.

O presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, José Carlos Vaz de Lima (PSDB), afirmou que a instituição tem condições de aprovar a incorporação da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil 60 dias após o envio de um projeto do governo paulista para a aprovação da alienação da sua participação no capital do banco estadual, que é de 71,25% - os 28,75% restantes estão em poder de acionistas minoritários.

O início das negociações para compra da Nossa Caixa é o lance mais ousado do Banco do Brasil no seu plano de manter a liderança no mercado. Essa reação iniciou-se em 2007 com o começo da incorporação do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), tal processo poderá ser concluído até agosto, de acordo com informações do próprio banco. Paralelamente, o BB vai incorporar aos poucos as agências do Banco do Estado do Piauí, já federalizado.

O aproveitamento desses antigos bancos estaduais, no entanto, representa pouco diante da necessidade de crescimento num mercado que tende a ser cada vez mais concentrador. Com o anúncio feito na noite de quarta-feira, o BB acelera essa estratégia, de forma a responder aos concorrentes privados que adquiriram pelo menos 30 bancos nos últimos dez anos. (Portal G1)

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