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Economia Segunda-feira, 01 de Abril de 2013, 08:47 - A | A

Segunda-feira, 01 de Abril de 2013, 08h:47 - A | A

MS exporta quase R$ 1 bi em industrializados

Bruno Chaves - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Dados do Radar Industrial da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), divulgados nesta segunda-feira (1º), mostraram que as receitas de exportações dos industrializados do Estado somaram US$ 474,6 milhões – cerca de R$ 949,2 milhões – nos dois primeiros meses de 2013.

O estudo da Fiems é baseado nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O montante de US$ 474,6 milhões representa um crescimento de 19,2% quando comparado ao mesmo período do ano passado, janeiro e fevereiro de 2012, quando o valor atingido foi de US$ 398,2 milhões.

Segundo a Fiems, os grupos “Couros e Peles”, com alta de 93,8%, e “Papel e Celulose”, com crescimento de 68,5%, no período avaliado, foram os que mais se destacaram nas exportações de Mato Grosso do Sul.

Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, com uma receita equivalente a US$ 237,7 milhões, fevereiro de 2013, registra o melhor resultado já alcançado para o mês em toda a série histórica da exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul.

“Comparado com os resultados de igual mês, ao longo da série, vale ressaltar que de janeiro de 2009 até agora foram registradas 36 quebras de recorde nas receitas de exportação. O que equivale a dizer que o recorde mês a mês, ao longo desse período, foi quebrado em 72% das vezes. No acumulado do ano, a participação das vendas externas de industrializados atingiram a marca de 70,4%”, destacou.

Ele ainda chamou a atenção para o desempenho observado de janeiro a fevereiro de 2013, quando se deu sobre uma forte base de comparação, pois, em igual período nos anos de 2010, 2011 e 2012, as receitas totais da exportação de industrializados alcançaram US$ 208,2 (R$ 416,4 milhões), US$ 327,6 (R$ 655,2 milhões) e US$ 398,2 milhões (R$ 796,4 milhões), respectivamente.

“Deste modo, é possível afirmar que, de 2010 a 2013, no intervalo considerado, a exportação de industrializados cresceu, em média, 22,9%”, pontuou.

Grupos

Devido ao expressivo aumentos nos embarques de outros couros bovinos e bubalinos – não divididos e úmidos e de couros bovinos inteiros “wet blue” –, o grupo “Couros e Peles” destacou-se nos grupos que mais apresentaram crescimento em 2013.

De janeiro e fevereiro deste ano, o volume total do grupo alcançou 6,6 mil toneladas, resultado 127% maior que o obtido em igual mês de 2012, quando o total não ultrapassou as 2,9 mil toneladas, proporcionando, deste modo, uma receita adicional equivalente a US$ 11,8 milhões (cerca de R$ 23,6 milhões), tendo como principais compradores a China, a Itália e Hong Kong.

Outro grupo que ganhou destaque foi o de “Celulose e Papel”. Ainda de acordo com a Fiems, a expansão do grupo decorre do início da atividade de uma nova planta de celulose em Mato Grosso do Sul, que dobrou a capacidade nominal de produção do Estado, permitindo que novos clientes fossem atendidos e, principalmente, que os tradicionais compradores da celulose sul-mato-grossense pudessem ampliar ainda mais os volumes de suas aquisições.

Na primeira condição, observou-se que em igual período do ano passado, são 24 novos destinos para os produtos do grupo “Papel e Celulose”, proporcionando uma receita adicional equivalente a US$ 11,7 milhões (R$ 23,4 milhões). Em relação à segunda condição, países como a Holanda, China, Itália e Coréia do Sul aumentaram suas compras.

Outro grupo que contribuiu com o aumento da receita das exportações de produtos industrializados foi o “Complexo de Carne”. O aumento dos valores obtidos com as vendas das carnes desossadas e congeladas de bovinos, pedaços e miudezas comestíveis, congelados de frango, carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos, frango em carcaça e bexigas e estômagos de animais, fizeram com que o grupo se destacasse.

No “Complexo Carne” não entra em contabilidade o produto peixes. O grupo apresentou um crescimento de US$ 28,3 milhões (R$ 56,6 milhões). Quanto aos compradores, destacaram-se Hong Kong, Venezuela, Japão, Chile, Israel e Alemanha, que geraram uma receita adicional total equivalente a US$ 29,9 milhões (R$ 39,8 milhões).

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