A produção industrial brasileira recuou 0,9% no mês de maio, último levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica), que foi divulgado hoje (3). De acordo com o levantamento, de janeiro a maio o setor acumula queda de 3,4%. Sendo o terceiro resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando nesse período perda de 2,0%. No acumulado de 2012, comparando com 2011, o recuo se explica principalmente pelos resultados negativos em três das quatro categorias de uso e em 15 dos 27 ramos investigados.
Segundo o IBGE, a queda no quinto mês do ano aconteceu em 14 dos 27 ramos investigados. Os principais impactos negativos foram observados nos setores de veículos automotores (-4,5%) e de alimentos (-3,4%), com o primeiro interrompendo três meses de taxas positivas consecutivas com crescimento de 22,7% nesse período, e o segundo acumulando perda de 7,1% em dois meses seguidos de recuo na produção. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total da indústria vieram de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-10,9%), metalurgia básica (-2,4%), celulose, papel e produtos de papel (-3,0%).
Veículos apontam índice acumulado em 2012 em queda de 3,4%
No índice acumulado de janeiro-maio, entre as atividades, a de veículos automotores, com queda de 18,1%, permaneceu exercendo a maior influência negativa na formação do índice geral. A menor fabricação de automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semi-reboques, chassis com motor para ônibus e caminhões e veículos para transporte de mercadorias.
Vale citar também as contribuições negativas vindas de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-16,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,4%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-13,1%), têxtil (-7,5%), borracha e plástico (-4,4%) e vestuário e acessórios (-12,8%).
Itens em crescimento
Entre as 12 atividades que registraram avanço na produção, as principais influências ficaram com os setores de outros produtos químicos (4,4%), refino de petróleo e produção de álcool (3,6%) e outros equipamentos de transporte (5,5%), impulsionados principalmente pela maior fabricação de herbicidas para uso na agricultura, no primeiro ramo, gasolina automotiva e óleo diesel e outros óleos combustíveis, no segundo, e aviões no último.