O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre) apresentará no próximo mês um programa de hidrovias que demandará investimentos de R$ 18 bilhões.
Serão feitas 20 eclusas (elevadores que permitem a navegabilidade em desníveis de água) nas hidrovias dos rios Tocantins, Teles Pires-Tapajós e Paraná-Tietê. Esta última é a principal hidrovia do programa e terminará a 140 quilômetros do porto de Santos (SP), próxima a uma ferrovia, o que facilitará a exportação da carga transportada.
As obras de ampliação e adequação da hidrovia Paraná-Tietê, além da construção de 12 eclusas, custarão R$ 8 bilhões e ampliarão a capacidade de transporte de carga da via dos atuais 5 milhões de toneladas ao ano para 30 milhões de toneladas/ano. Ela passará de 800 quilômetros navegáveis para 2.000 quilômetros.
"Eu não faço 1.200 quilômetros de rodovia nessa região com R$ 8 bilhões. O custo torna o Brasil muito mais competitivo'', afirmou o diretor-geral do órgão, Luiz Antônio Pagot.
A hidrovia escoará a carga dos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, principalmente soja, açúcar, álcool e biocombustíveis.
A hidrovia do Tocantins terá 2.200 quilômetros, com capacidade para o transporte de 3 a 5 milhões de toneladas de carga. A ampliação e construção de três eclusas na via custará R$ 2 bilhões.
Já a Teles Pires-Tapajós custará R$ 5 bilhões e também transportará 3 a 5 milhões de toneladas de carga. Serão construídas cinco eclusas e a hidrovia terá 1.570 quilômetros. (Agência Brasil)