A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul alcançou a marca de US$ 2,19 bilhões de janeiro a setembro deste ano, o que representa um crescimento de 11% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando atingiu o patamar de US$ 1,97 bilhão, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Apenas na comparação de setembro de 2016 com setembro de 2017, a receita com a exportação de produtos industriais cresceu 16%, saindo de US$ 246,4 milhões para US$ 286,8 milhões.
Já em relação à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 64% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, enquanto no acumulado do ano, na mesma comparação, a participação ficou em 59%. Na avaliação do coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, de janeiro a setembro, os principais destaques ficaram por conta dos grupos “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Açúcar e Etanol”, “Extrativo Mineral”, “Óleos Vegetais”, “Couros e Peles” e “Siderurgia e Metalurgia”, que, somados, representaram 98,1% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior.
No grupo “Celulose e Papel”, os produtos exportados somaram US$ 728,9 milhões, apontando queda de 5% sobre igual período de 2016, quando as vendas atingiram US$ 764,6 milhões. “A redução está relacionada com a diminuição nas compras em importantes mercados para a celulose estadual, com destaque para a China e Itália. Quanto aos produtos, o principal destaque ficou por conta celulose, que foi responsável por US$ 697,6 milhões ou 95,7% das exportações totais do grupo”, informou Ezequiel Resende, citando como principais destinos do grupo China, Itália, Holanda, Estados Unidos e Coreia do Sul.
A receita de exportação do “Complexo Frigorífico” alcançou o equivalente a US$ 694,5 milhões, um aumento de 17% sobre igual período de 2016, quando o total ficou em US$ 595,5 milhões. “O crescimento observado se deu pelo aumento de 9% no preço médio da tonelada, que passou de US$ 2.523,45 em 2016 para US$ 2.753,16 em 2017, e pelo aumento de 7% no volume de carnes comercializadas. Outro fator importante se deve ao aumento das importações realizadas pelos Estados Unidos após a abertura de seu mercado para a carne brasileira in natura. Com isso os americanos se tornaram responsáveis por 24% da receita adicional obtida por Mato Grosso do Sul com as exportações de carne neste ano”, exemplificou o economista.
O grupo “Açúcar e Etanol” obteve receita de exportação de janeiro a setembro de 2017 equivalente a US$ 386,4 milhões, aumento de 59% sobre igual período do ano passado quando a receita foi de US$ 243,3 milhões. O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems detalha que o resultado é influenciado principalmente pelo aumento das compras realizadas por Malásia, Estônia, Egito, Iraque, Bangladesh, Geórgia, Argélia e Quênia, que somados apresentaram incremento de US$ 195,3 milhões, e pela elevação do preço médio da tonelada do açúcar de cana, único produto do grupo com registro de vendas ao exterior no acumulado deste ano.