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Educação Quinta-feira, 29 de Maio de 2008, 12:42 - A | A

Quinta-feira, 29 de Maio de 2008, 12h:42 - A | A

Educação e mercado de trabalho para jovens preocupam a indústria

Da Redação

O superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) Nacional, Carlos Cavalcante, apresentou hoje (28/05), na Expo-MS uma palestra sobre os ‘Jovens Talentos e o Mercado de Trabalho’. Segundo ele, uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a falta de mão de obra qualificada dificulta o aumento da competitividade da indústria brasileira. “A indústria brasileira se ressente da carência de profissionais qualificados disponíveis para contratação e, pensando nisso, a CNI criou recentemente um Conselho Temático que irá debater as questões voltadas a educação”.

Para Cavalcante os impactos negativos são sentidos na área de produção da indústria e para contornar esse problema, as empresas oferecem programas de capacitação e incentivos para atrair e reter profissionais qualificados. Os segmentos que mais faltam mão-de-obra qualificada são os do Álcool, Vestuário, Indústrias Extrativas e Máquinas e Equipamentos.

Outro ponto salientado é o número expressivo, de 68,7%, de matrículas nos cursos de Ciências Humanas e Sociais. “Na Coréia 60% dos alunos estão matriculados nas áreas Tecnológica e de Engenharia, número inverso aos do Brasil e que demonstram a preocupação do país na formação de profissionais nas áreas mais essenciais”, ressaltou Cavalcante. Ele acredita que o alto percentual de matrículas nos cursos de Ciências Humanas e Sociais se deve a falta de incentivo para criação de cursos nas áreas Tecnológica e de Engenharia aqui no Brasil.

Algumas indústrias têm encontrado muita dificuldade na contratação de pessoal, nos mais diferentes níveis. “O recém-formado possui, ainda, muitas deficiências como dificuldades de comunicação e expressão, visão restrita e não abrangente (só conhecimento técnico), falta de flexibilidade, de capacidade de gestão, de administração e planejamento, além da falta de “foco” na solução de problemas e incapacidade de interação e de trabalho em equipe”, explicou o superintendente.

O desafio é adequar as Instituições de Ensino Superior às
necessidades de uma nova sociedade, baseada na informação e conhecimento, constituindo-se em fundamento para o desenvolvimento sustentável. “Nessa interação entre empresas e escolas está o estágio. O programa IEL de Estágios contribui para a formação de recursos humanos altamente qualificados, aptos a trabalhar para o desenvolvimento da indústria nacional”.

Para a Reitora da Uniderp/Anhanguera, Ana Maria Costa de Sousa, é responsabilidade das instituições de ensino superior de trabalhar projetos que criem a qualidade adquirida. “É necessário uma maior interação entre a empresa e o mundo acadêmico para que o empresário não faça do estagiário um subempregado”, destaca ela. Também participou do debate a diretora de Assuntos Comunitários da UCDB, Luciane Pinho de Almeida.


(Com informações da Assessoria da FIEMS)

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