Terça-feira, 01 de Julho de 2008, 16h:08 -
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Anderson Lima encara o desafio no Operário
Da Redação- (DA)
Aos 35 anos, com passagens por clubes expressivos, como Santos, Grêmio, São Paulo, São Caetano, Coritiba, além de convocações para a seleção brasileira, o lateral-direito Anderson Lima coloca toda essa bagagem a serviço da redescoberta do Operário-MS.
Clube tradicional, que já esteve na elite do futebol brasileiro, a equipe de Campo Grande hoje amarga uma fase de ostracismo e aposta na liderança de Anderson para se reerguer.
Contratado neste mês, após defender o Ituano no Paulistão, ele encara numa boa a missão que lhe foi passada. É o líder da equipe do Operário que começa sua caminhada na Série C do Brasileiro no domingo.
- Eu apostei num projeto bonito. O Operário tem uma história, mas anda adormecido pelos maus resultados dos últimos anos. Eu acredito que o investimento que está sendo feito vai ser recompensado - comenta o jogador, em entrevista .
Anderson explica que foi convencido pelo empresário Cleuner Alves a encarar o desafio de jogar a Série C. Alves está gerindo o futebol do Galo de Campo Grande e investiu em contratações como a de Anderson, Zé Afonso (atacante, ex-Grêmio), Gléguer (goleiro, ex-Corinthians e Portuguesa), além do veterano Macedo, ex-São Paulo.
- Estamos montando um grupo de bons jogadores, que pode fazer uma boa campanha. Eu gostei muito do projeto e acredito muito nessa equipe - afirma.
Com passagens por grandes clubes, Anderson admite que não dá para comparar a estrutura do Operário com a de equipes grandesda Série A. Ainda assim, faz elogios ao esforço do clube para manter salários em dia e dar aos jogadores o mínimo necessário para que eles possam render.
- Eu conversei com o pessoal aqui e expliquei que, apesar de ser uma estrutura simples, temos de ter o mínimo. E posso dizer que muitos clubes de primeira divisão não têm o que o Operário nos oferece. Claro que não se pode fazer comparações com clubes como o Santos, o São Paulo, o Coritiba, que têm centros de treinamentos modernos. Mas temos um campo apenas para treinamentos, com uma sala de musculação ao lado, Departamento Médico. O São Caetano, por exemplo, é um clube que eu adoro, mas não tem um campo só para treinos, como o Operário - explica.
Acostumado ao agito dos grandes centros, Anderson está gostando de Campo Grande. Para ele, fugir um pouco do estresse da Grande São Paulo - sua família mora em São Caetano do Sul - está sendo uma ótima experiencia.
- Aqui é capital, tem tudo o que a gente precisa, mas com clima de interior. É uma cidade bacana - conta o jogador, que por enquanto mora em um hotel, mas já procura uma casa.
Em suas andanças pelo Brasil, Anderson teve boas participações em vários clubes. Mas um ele guarda com mais carinho: o Grêmio. Foram quatro temporadas defendendo o Tricolor gaúcho (2000 a 2003) e as conquistas da Copa do Brasil e o Campeonato Gaúcho, ambos em 2001. No vídeo, assista a gols de Anderson com a camisa do Grêmio.
- Eu acho que deixei minha marca e fui feliz por todos os clubes por onde passei. Ajudei o Coritiba a voltar para a Série A, ano passado, num trabalho muito legal. Mas o Grêmio marcou mais. Foram quatro anos maravilhosos, com títulos e muitos amigos - lembra.
Sem pensar em aposentadoria
O contrato de Anderson com o Operário termina no fim do ano e ele ainda pretende continuar jogando. Parar, por enquanto, está fora de cogitação. Aos 35, o lateral afirma que está em plena forma.
- Enquanto eu estiver bem fisicamente, vou continuar. É o que eu gosto, o que eu sei fazer. (Com informações G1)