O Brasil chega ao estádio do Mineirão nesta quarta-feira, às 21h50, pelas eliminatórias sul-americanas à Copa-2010, para enfrentar o maior adversário de sua história, a Argentina, após duas derrotas seguidas por 2 a 0 --Venezuela, em amistoso, e Paraguai, pelo torneio qualificatório-- e sob forte pressão por conta do fraco desempenho nos últimos jogos.
A maior preocupação da equipe, depois do revés diante dos paraguaios, é a de melhorar a sua situação na tabela classificatória. Com apenas oito pontos em cinco partidas, a seleção de Dunga está a cinco da liderança, ocupada pelo Paraguai.
As partidas recentes entre as duas seleções, no entanto, apontam uma vantagem brasileira incomum ao longo dos 86 anos do confronto. Nos últimos três jogos, por exemplo, o Brasil venceu todos por três gols de diferença.
A primeira delas veio na final da Copa das Confederações de 2005, em junho daquele ano, 21 dias após a própria Argentina ter vencido o Brasil por 3 a 1 pelas eliminatórias à Copa-2006. Pelo torneio da Fifa, no entanto, a seleção de Carlos Alberto Parreira conseguiu a revanche contra a rival com uma goleada por 4 a 1, com gols de Adriano (2), Kaká e Ronaldinho. Aimar descontou para os argentinos na partida disputada em Frankfurt, a um ano da Copa da Alemanha.
Já com Dunga no comando, a seleção bateu novamente os argentinos em setembro de 2006, em um amistoso realizado em Londres. Elano marcou dois gols na vitória de 3 a 0 --Kaká, vindo do banco de reservas, completou o placar.
O último triunfo foi na Copa América do ano passado, na Venezuela, quando o Brasil era considerado "zebra" por não contar com dois de seus principais jogadores, Ronaldinho e Kaká, além de ter sofrido uma derrota para o México por 2 a 0 em sua estréia na competição. A Argentina, por sua vez, contava com estrelas como Messi, Riquelme, Tevez e Crespo.
Apesar disso, o placar de 3 a 0 se repetiu a favor dos brasileiros, com gols marcados por Júlio Baptista, Ayala (contra) e Daniel Alves. Com a vitória, a seleção brasileira foi campeã do torneio pela segunda vez consecutiva, superando novamente a Argentina na final, como havia acontecido na edição de 2004.
Para a partida desta quarta, Dunga admitiu a pressão em cima da equipe do Brasil e cobrou uma mudança de atitude dos jogadores para vencer a rival diante de sua torcida. "Algumas vezes, a mudança de atitude é melhor do que mudar a equipe", falou o treinador. Os jogadores, como Diego e Lúcio, seguiram o discurso do técnico. (Folha)
Campo Grande 00:00:00 Quinta-feira, 03 de Abril de 2025
