Flu busca virada para ser campeão

Maior campeão estadual do Rio de Janeiro, ao lado do Flamengo, o Fluminense tem nesta quarta-feira, no Maracanã, a chance de conquistar o título mais importante dos seus quase 106 anos de história. Comandada por Renato Gaúcho, a equipe carioca enfrenta a LDU, do Equador, às 21h50, no Maracanã, no segundo jogo da decisão da Taça Libertadores da América --perdeu a primeira partida fora de casa por 4 a 2.

A possível conquista colocaria o time das Laranjeiras como o nono brasileiro a se sagrar campeão da principal competição interclubes do continente. Até hoje, o Fluminense tem como maior conquista internacional o troféu da Copa Rio de 1952.

Com a vitória em Quito, o time equatoriano tem a vantagem de poder perder hoje por um gol de diferença para ficar com o título. Uma vitória por dois gols do Fluminense leva a disputa para a prorrogação.

Com a necessidade de marcar gols para ser campeão, o Fluminense aposta na presença de Washington na partida. O artilheiro do clube na Libertadores, com seis gols, era dúvida devido a um estiramento muscular na panturrilha, mas fica à disposição do técnico Renato Gaúcho.

"Precisamos pressionar o time deles o tempo todo. Vai ser uma força. A torcida nos empurrando e nós empurrando a torcida", disse Washington.

Apesar da vantagem do rival, Renato Gaúcho, que pode ser o primeiro brasileiro a levantar o troféu como jogador e como técnico --em 1983, então ponta-direita, ele foi destaque no primeiro título do Grêmio na competição--, disse estar confiante.

"Não vamos jogar dois jogos tão mal. Eles tiveram a chance de matar o título lá e não conseguiram. Por isso, a torcida pode ir ao Maracanã. Tenho certeza que eles sairão felizes", afirmou.

Até hoje, apenas os argentinos Nery Pumpido e Humberto Maschio e o uruguaio Luis Cubilla foram campeões nas duas funções.

O último foi Pumpido, goleiro da seleção argentina na conquista da Copa de 86. Ele foi campeão pelo River Plate, como arqueiro, em 1986, e venceu pelo Olímpia, como treinador, em 2002, na final contra o São Caetano.

Titular do Racing campeão em 1967, Maschio dirigiu do banco de reservas o Independiente em 1973. Já o uruguaio coleciona cinco conquistas da Libertadores --três vezes como atleta (em 1960 e 1961, pelo Peñarol, e em 1971, pelo Nacional) e duas como técnico (ambas pelo Olímpia, em 1979 e 1990). (Com informações Folha On Line)