O deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), primeiro-secretário da Assembleia Legislativa (Alems) fez um desabafo ontem (13) na Assembleia ao falar sobre o caso de sua sobrinha que foi brutalmente agredida pelo companheiro enquanto amamentava a filha do casal, uma bebê de apenas oito meses. O caso ocorreu no dia 3 deste mês, o agressor foi preso em flagrante, mas na última terça-feira foi colocado em liberdade por ordem do desembargador Fernando Paes de Campos, do Tribunal de Justiça (TJMS). “Enquanto tiver agressor andando tranquilamente pelas ruas, mulher nenhuma está segura em Mato Grosso do Sul”, declarou o deputado.
Conforme Paulo Corrêa, a liberação do agressor expõe sua sobrinha e outras vítimas à insegurança constante. “Homem que bate em mulher é a escória da sociedade e tem que ser enjaulado. A polícia fez o seu trabalho, o juiz manteve a prisão, mas um desembargador achou por bem soltar esse covarde. Minha sobrinha está com medo de ser a próxima vítima de feminicídio. Como podemos protegê-la, se a justiça não protege, expõe?”, questionou.
O parlamentar criticou ainda a decisão de conceder ao agressor o direito de visitar a filha, mesmo sem nunca ter pago pensão para a bebê. “Além de tudo, ele ainda tem direito de visitar a filha. Como isso vai funcionar? Como minha sobrinha pode confiar que ela e a bebê estão seguras? Essa decisão é absurda e insensível”, desabafou. “Enquanto minha sobrinha está presa em casa, esse canalha que a agrediu está solto”, disse Paulo Corrêa, que deve levar o caso ao presidente do TJMS, desembargador Dorival Renato Pavan.
A denúncia levou vários deputados a manifestarem apoio a Paulo Corrêa. "Bandido que bate em mulher não pode estar solto", disse o Coronel David (PL). Também se manifestaram solidários a Corrêa os deputados Professor Rinaldo (Podemos), João Henrique Catan (PL), Lídio Lopes (sem partido), Pedro Caravina (PSDB), Pedro Pedrossian Neto (PSD) e Pero Kemp (PT).
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