Divulgação/ Fiems
Elas representam 24,5% da mão de obra da indústria de Mato Grosso do Sul
Presença de mulheres vem crescendo no setor industrial, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), em 10 anos, houve um aumento de 28,34% no número de trabalhadoras.
Em 2008 tinham 23.801 mulheres trabalhando nas indústrias do Estado, número que subiu para 30.547 em 2018. Atualmente, elas representam 24,5% da mão de obra da indústria de Mato Grosso do Sul.
Porém, mesmo com o avanço o mercado, com maioria masculina, ainda resiste a conquista feminina. Prova disso é que as mulheres recebem, em média, 20% a menos do que os homens e muitas empresas não possuem nenhuma mulher no seu conselho de administração.
Se destacam entre as cidade sul-mato-grossenses que mais contrataram mulheres nos últimos anos, em termos percentuais, Itaquiraí, São Gabriel do Oeste, Dourados e Campo Grande.
Em Itaquiraí, foi de 152 para 921 o número de trabalhadoras femininas na área, durante o período avaliado, uma evolução de 506, o principal setor industrial empregando as mulheres é o de abate de aves, responsável por empregar 91,3% das mulheres, somando são 841 vagas preenchidas, recebendo em média R$ 1.827 por mês.
Já São Gabriel do Oeste conquistou um crescimento da presença feminina de 194% na industria local, indo de 286 para 675, sendo que 88,7% trabalham no segmento frigorífico, bastante forte na região.
Para Dourados, a representação das mulheres no setor é de 30% da mão de obra. Tendo 3.697 trabalhadoras empregadas, principalmente nos segmentos frigorífico e confecção. O número significa uma evolução de 42%, que antes empregava 2.599.
Campo Grade, evoluiu cerca de 19% nestes últimos 10 anos. Com aumento principalmente no segmento têxtil e do vestuário, antes eram 6.749 mulheres empregadas, alcançando 8.016 atualmente, representando 22% dos trabalhadores.
“Hoje, apesar de termos uma cultura ainda masculina, a mulher vem aos poucos se destacando no mercado de trabalho e conquistando seu espaço. Na indústria de Mato Grosso do Sul, que é voltada para a agroindústria, com serviços mais pesados, a gente vê o predomínio da mão de obra masculina mesmo, então ver que o número de mulheres cresceu nos últimos anos é um motivo para comemorar”, segundo o vice-presidente do Sistema Fiems, Cláudia Pinedo Zottos Volpini.
