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Interior Segunda-feira, 03 de Agosto de 2009, 14:32 - A | A

Segunda-feira, 03 de Agosto de 2009, 14h:32 - A | A

Deteriorada, estrada da região sul representa perigo e prejuízos

Da Redação - (ME) - (www.capitalnews.com.br)

Deteriorada pela ação do tempo, os três trechos de rodovias estaduais que compõe a popularmente conhecida estrada de “Guaira-Porã”, representam perigo para os usuários da via e prejuízos para empresários e principalmente para a classe produtora da região de fronteira, que utilizam a rodovia para o escoamento da produção, no Cone Sul do Estado.

Com uma extensão de aproximadamente 250 quilômetros pela fronteira entre Brasil e Paraguai, interligando o distrito de Sanga Puitã, área urbana de Ponta Porã à BR-163 em Eldorado, a rodovia – composta por trechos, da MS-386 (Ponta Porã a Amambai), MS-156 (Amambai a Tacuru) e MS-295, ligando Tacuru a Eldorado, passando pelo município de Iguatemi –, é a principal rota para o escoamento da safra da região para o estado do Paraná e a principal rota de entrada de implementos e produtos industrializados dos Estados do Sul do País para a região de fronteira entre Brasil e Paraguai.

Apesar da grande importância econômica para a região, a rodovia, que foi pavimentada entre as décadas de 70 e 80, nunca recebeu manutenção adequada nesse período.

Em 1999 o então governador José Orcírio Miranda dos Santos, o “Zeca do PT”, criou o Fundersul (Fundo de Desenvolvimento da Região Sul), um imposto cobrado do produtor rural do Estado, em MS, cuja verba arrecadada seria para recuperação e manutenção de toda a malha viária do Estado.

No primeiro ano do imposto a Guaira-Porã, que estava completamente deteriorada, recebeu obras emergenciais com recapeamento de trechos em piores condições entre Sanga Puitã e Tacuru e os paliativos “tapa-buracos” nos demais trechos.

Nos anos seguintes daquele governo, que se estendeu até o final de 2006, o Fundersul continuou sendo cobrado dos produtores do Estado, mas as ações de recuperação da malha viária da Guaira-Porã não aconteceram.

Atual governo só faz “tapa-buracos”

O atual Governo do Estado em Mato Grosso do Sul ao assumir o Governo, em janeiro de 2007, praticamente extinguiu a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) setor estatal que cuidava da manutenção da malha viária do Estado, passando os maquinários a prefeituras e empresas privadas, encostando os funcionários do órgão estadual, que hoje recebem os salários sem trabalhar e terceirizando os serviços de manutenção das rodovias estaduais para empresas privadas.

Na Guaira-Porã, principalmente no trecho entre Amambai e Eldorado, a empresa contratada pelo Governo do Estado para manter a rodovia, tem realizado o trabalho paliativo de forma satisfatória em períodos de seca.

Acontece que devido o grau de degradação do asfalto da rodovia pela ação do tempo, aliado ao alto fluxo de veículos, sobretudo veículos de carga, caminhões e carretas, carregados e com as frequentes chuvas que tem caído na região, rapidamente o asfalto começa a se deteriorar e formar verdadeiras crateras na pista e com as chuvas frequentes o trabalho de manutenção, como a realização de tapa-buracos, acaba sendo prejudicado.

Prejudicados por conta do mal estado de conservação da Guaira-Porã, no ano passado câmaras e prefeituras da região se mobilizaram e encaminharam documentação ao Governador do Estado, André Puccinelli (PMDB) pedindo a recuperação total da malha viária da Guaira-Porã, mas até agora não obtiveram resposta concreta, por parte do Governo.

Tacuru a Iguatemi está em piores condições

Todos os três trechos da Guaira-Porã enfrentem problemas com pista defeituosa e falta de sinalização horizontal e vertical, mas atualmente o trecho em piores condições de tráfego são os 45 quilômetros da MS-295, interligando Tacuru a cidade de Iguatemi.(Fonte: A Gazeta News)
 

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